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Mostrando postagens de janeiro, 2010

EU NÃO VOU A MIRACEMA

Eu pensei em, mais uma vez, fazer o meu carnaval em Miracema. Apenas pensei.Depois de uma reflexão, colocando a mente prá funcionar, buscando um melhor ângulo de ver o que passou nos últimos anos, cheguei a conclusão de que ir para Miracema seria contraproducente. O melhor mesmo seria fazer como a grande maioria dos meus conterrâneos, buscar uma praia, como Guarapari por exemplo, e ficar na encolha por dez dias. Tentando achar uma justificativa, já que assim exigia meu bom amigo Ermê Sollon, fui refazendo o caminho percorrido em 2009, narrando o que fiz nos quatro dias de folia por lá e o que tentei fazer, e não consegui, durante a minha estadia na Santa Terrinha. Não há mais desfile de mascarados pelas ruas, o calor e falta de criatividade da turma fizeram este tipo de divertimento fosse quase banido das ruas da cidade, ainda há algum apaixonado ou uma criança, motivada pelos pais, que ainda enfrentam o sol forte e os gritos de “mascarado pé de pato, comedor de carrapato”. Legal, mas

BOLO DE LINHA OU PONTAPÉ?

Neste mundo globalizado, até as apostas esportivas estão na Internet e espalhadas pelos quatro cantos do planeta, volto um pouco no tempo após receber um recado do meu guru, José Maria de Aquino. Um e-mail interessante, no qual ele conta uma passagem ocorrida em Miracema, na década de 50, quando uma aposta não paga criou um problemão entre seus amigos do futebol. O Zé fala sobre um bolo, aquele que já chamamos de pontapé, e que desde aquele longínquo tempo já era febre entre os moleques freqüentadores das arquibancadas do estádio municipal ou entre aqueles que ouviam, no rádio, as transmissões do campeonato carioca de futebol. Deixe o Zé Maria contar: “Jogo Vasco x Flamengo. Bolo de linha entre a molecada. Dez nomes em dez pedacinhos de papel. Caio com o Chico, gaúcho ponta esquerda do Vasco. Chance 0,001 de marcar, mas nada havia a fazer. E não é que deu? Vasco 1 a 0, gol de Chico. Procuro o professor para pegar minha grana. Surpresa: a aposta não valeu. A grana não viria para meu bol

QUARENTA ANOS DEPOIS

Na terça-feira fui premiado com um reencontro espetacular. Após a caminhada diária, já pertinho do Arisão, parei na farmácia para um dedo de prosa com o Rogério, que parado na calçada se refrescava sob a brisa que soprava na Rua do Gás. Papo rápido, para não atrapalhar na reta de chegada, e para minha surpresa um tapinha nas costas e uma pergunta: - Está me reconhecendo? - Me perdoe, não estou me lembrando. - Sou Luciano Mercante Bom, daí prá frente um forte abraço, um punhado de prosa e um baú de histórias foi aberto ali mesmo, em frente a Farma Goyta, ao lado do Arisão. Luciano foi um dos bons amigos de infância e adolescência, filho do saudoso Humberto Mercante, o Noca, irmão do professor José Márcio Mercante, que por longos anos mostra seu conhecimento sobre matemática e física no Liceu e na Escola Técnica Federal de Campos. Passeamos sobre o passado e falamos sobre os longos anos em que ficamos separados, eu disse que foram quarenta anos, mas o Nê, como o Luciano era chamado lá na

LEMBRANDO HERIVELTON MARTINS

Ainda vivendo as emoções da série da Globo, Dalva e Herivelto, que narra a história de amor deste casal de artistas, fui buscar no meu baú de músicas as canções de Herivelto Martins, o marido de Dalva de Oliveira e pai de Pery Ribeiro, as letras, que podem justificar este início de ano para muitos clubes brasileiros, e, principalmente, os nossos - Americano e Goytacaz - que parecem viver a mesma história de amor e ódio do casal que criou o fabuloso Trio de Ouro. Os dirigentes alvianis buscam reforços, mas não encontram nomes disponíveis no mercado ou, creio que esta é a melhor hipótese, não há grana disponível nos cofres para estas aquisições. “Parto a procura de alguém ou a procura de nada, vou indo caminhando sem saber onde chegar, quem sabe na volta te encontre no mesmo lugar”. E a torcida, que fica a espera de dias melhores, parece cantar com o grande Herivelto: “Não, eu não posso lembrar que te amei, não eu preciso esquecer que sofri. Faça de conta que o tempo passou e que tudo en

TOQUE DO SILÊNCIO, TEMA DE LARA E OUTRAS SAUDADES

Hoje o meu bom e querido amigo Renato Mercante, me enviou um e-mail com um anexo bem interessante e que me remeteu, como ele mesmo narra, a aurora de nossas vidas. Abri imediatamente, pois no texto o Renato fazia um comentário sobre a intérprete e a orquestra acompanhante, o fabuloso André Rieu. A curiosidade de ver alguém executando o “Toque do Silêncio” era bem maior do que qualquer coisa que me propusesse a fazer naquele momento. “Como você muito bem sabe, Il Silenzio, (o Toque do Silêncio, como chamamos aqui no Brasil) é universal. Segundo me informei, em quase todas as forças armadas do mundo ele é o mesmo. Ele é tocado todas as noites, às 22 h, e em solenidades fúnebres de militares. As modulações podem variar. Nessa apresentação, ele é tocado por completo. É um toque lúgubre, mas, muito bonito”, disse-me Renato Mercante. Eu já havia passado por este filmete, algum amigo havia me mandado, mas não abri temendo ser algum vírus ou por não ter curiosidade suficiente para tal. Não sei

A HORA E A VEZ DO NOVO SEXAGENÁRIO

Mais um ano de vida, aliás chego aos sessenta com o corpo de um jovem de quarenta e a cabeça de um menino de quinze aninhos. Sei não, sabe, mas o tempo não passou para este escriba. Estou chegando ao sexagésimo aniversário e passando por uma experiência sem igual. A vida continua sendo tocada, mas a impressão que tenho é que chego aqui com uma baita saúde, o susto de março/09 já foi superado e agora é cuidar para que o velho coração não sinta o impacto dos sessenta anos de batidas, ora forte e descompassada, ora regular como um relógio suíço. Hoje é dia do meu aniversário e a festa aconteceu logo após a meia noite de ontem, sábado, já que nesta manhã a grande maioria dos amigos já estavam de partida para Niterói e colocando um ponto final nesta temporada na Armação dos Búzios. Bolo, bola, torta gelada, refrigerante, salgadinho e, claro, muita cerveja, e não foi da BOA, por aqui não se vê com freqüência aquela latinha azul tão degustada durante o resto do ano, mas valeu a pena, só falto

O ÚLTIMO DIA DE 2009

Hoje é o último dia do ano e por aqui, neste paraíso chamado Búzios, a comunicação continua precária e mesmo estando em um dos balneários mais famosos do mundo a modernidade foi deixada de lado em favor da tranqüilidade e da fuga da rotina nossa de cada dia. Quem contratou? Quem dispensou? O que pensa o Flamengo? E o Americano, irá recomeçar os trabalhos visando o Estadual? Será que o Goytacaz irá resolver os problemas financeiros? E o Macaé Esporte trará alguns reforços de peso? Não há respostas para tudo isto, ou melhor, não sei as respostas para tudo isto. Estou, como disse no texto de ontem, desplugado do mundo e fazendo um retiro para recarregar as baterias para mais um ano de pitacos e comentários sobre estes assuntos aqui no Blog do Penacho, no nosso Papo de Bola em O Diário, NF Esportes e Dois Estados. Hoje é o último dia do ano. Dia de festejar e de curtir mais um ano de vida, o último da primeira década 00 em que tivemos a chegada do terceiro milênio, onde os místicos acredit

UM PARAÍSO CHAMADO BÚZIOS

Há algum tempo atrás não era possível narrar aqui, neste Papo de Bola, um final de ano tão atípico como o que estou vivendo agora, em Armação dos Búzios, onde a paz e a beleza das praias me fazem esquecer de tudo e viver a vida, como os personagens da novela global, me desligando completamente do mundo da bola e dos simples mortais. A visão de onde estou no momento é deslumbrante. O silencio é quebrado pelo barulho dos pássaros e os latidos dos cães, sempre vigilantes e prontos para defenderem as mansões de seus proprietários. São sete da manhã e a turma que me acompanha, ou que estou acompanhando, tanto faz a colocação da frase, ainda dorme embora tenha prometido acordar cedinho para chegar a praia de Geribá antes do movimento intenso do balneário. Cheguei aqui na segunda-feira, 28 de dezembro, bem cedo e tive tempo suficiente para conhecer o ambiente e tomar conhecimento do entorno. As azulzinhas já estavam no freezer e o sol parecia querer ser nosso companheiro nesta semana de passa