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Mostrando postagens de novembro, 2013

Natal: Lembrando dos padres holandeses

Eu sentei por aqui pensando em escrever algo meio saudosista ou uma crônica diferente para este Natal que se aproxima. O Nelson Barros pedia urgência: “O jornal vai prá gráfica na quarta-feira”, dizia o chefão com um jeito nervoso. Natal sempre deixa a turma agitada e alguns mais emotivos e outros com espírito de solidariedade em alta. No ano passado até que consegui levar algumas linhas sem chorar, sempre chego as lágrimas quando me recordo dos belos e duros natais que passei na infância, sempre dando duro ao lado da família lá no Bar do Vicente Dutra. Porém, tem sempre um porém, por não achar o ponto certo do texto eu ainda estou aqui, enchendo lingüiça com este textinho básico e improdutivo, enquanto a máquina do cérebro vai rebobinando a fita em busca do ponto certo.  Olhei fotos, li jornais antigos, troquei e-mails com amigos. Tudo isto a procura do ideal para colocar aqui nesta crônica de Natal. De repente, quando achei que estava enrolando demais, vejo uma foto do Roberto

Crônica de Natal -

O editor me pediu para criar um texto sobre o Natal, já que o fim de ano se aproxima e a data, geralmente, é comemorada pela família, por amigos ou companheiros de profissão, e, até mesmo, por aqueles que dificilmente abrem um sorriso para os vizinhos ou parceiros do dia a dia. O natal tem seus mistérios e só encontraremos ilustrações diferentes àquelas do dia a dia se formos buscar, nos ensinamentos da bíblia, os mais desconhecidos de todos estes segredos. Tentei fugir a responsabilidade, no ano passado jurei não escrever sobre o tema, haja vista que cai no lugar comum, falei em brinquedos para quem já os tem, em comida, para quem não as tem, em igualdade, onde não a vejo, em alegria, onde tudo é forçado. O meu texto, do ano que passou, agradou apenas aos mais chegados, eu disse que minha família não tinha defeito e até fiz analogia ao amor, onde na verdade existe mesmo é um respeito e um medo de assumir o ódio. Argumentei com meu chefe que a Missa do Galo era apenas um desfile d

Obrigado Meninas & Meninos de Miracema

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Prometi não citar nomes para não ser injusto com quem eu gosto ou com quem me proporcionou momentos inesquecíveis no último final de semana. Prometi que iria escrever um texto sem saudades, sem regressar ao passado, que é minha característica, e prometo cumprir, rigorosamente, nestes poucos parágrafos em que descreverei uma das grandes emoções vividas nos últimos anos. Nem sei como vou chamar o evento, se o encontro das Meninas & Meninos de Miracema, se Reviver 2013, se Festa do Reencontro ou um tremendo momento de lazer, recordações, esperanças de ver o mundo melhor ou simplesmente um fantástico bate papo regado a música, da melhor qualidade, bebidas e comidas, em alto nível, ou qualquer coisa que justifique este fabuloso final de semana lá na minha Miracema. A terrinha ficou encharcada de felicidade, já faz um tempão que não vejo tantos sorrisos, tanta alegria e o punhado de abraços sinceros, beijos fraternos e congraçamento de duas ou três gerações, que em dois dias deixar

O canhão do Totonho

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O jogo valia pelo campeonato de distritos e o Areias tinha no seu campo a grande arma para vencer o time de Santa Inez. Totonho, o canhão era a estrela do Areias. O chute certeiro e potente do zagueiro destruía qualquer defesa ou esquema montado para deter o time da casa. Em todo campeonato o Areias venceu todas em casa, cinco vitórias com gols decisivos de Totonho, o canhão. Durante os jogos a torcida ficava à beira do barranco para ver de perto a destruição provocada pelos petardos do craque.  Falta na entrada da área, que em um campo normal seria mais do que uma penalidade máxima, e lá vai Totonho: Bomba... Gol... E mais uma bola espremida contra o barranco.  - Vejam só quantos buracos existem na encosta! Diz um animado torcedor, contando pelo menos vinte buracos provocados pelos petardos de Totonho.  - Isto aqui, apontando para o buraco no barranco, significa um gol e como temos mais de vinte “tocas de tatu” (você já viu como é uma toca de tatu?) o nosso ídolo fez mais