Obrigado Meninas & Meninos de Miracema

Prometi não citar nomes para não ser injusto com quem eu gosto ou com quem me proporcionou momentos inesquecíveis no último final de semana. Prometi que iria escrever um texto sem saudades, sem regressar ao passado, que é minha característica, e prometo cumprir, rigorosamente, nestes poucos parágrafos em que descreverei uma das grandes emoções vividas nos últimos anos.

Nem sei como vou chamar o evento, se o encontro das Meninas & Meninos de Miracema, se Reviver 2013, se Festa do Reencontro ou um tremendo momento de lazer, recordações, esperanças de ver o mundo melhor ou simplesmente um fantástico bate papo regado a música, da melhor qualidade, bebidas e comidas, em alto nível, ou qualquer coisa que justifique este fabuloso final de semana lá na minha Miracema.

A terrinha ficou encharcada de felicidade, já faz um tempão que não vejo tantos sorrisos, tanta alegria e o punhado de abraços sinceros, beijos fraternos e congraçamento de duas ou três gerações, que em dois dias deixaram a tristeza de lado, largaram de ser o que são hoje, em suas vidas profissionais, para serem simplesmente um miracemense saudoso e que viveu, na cidade, seus momentos de felicidade.

Cheguei a Miracema por volta do meio dia, de sexta-feira, com tempo suficiente de uma parada estratégica na Kiskina, para sentir o clima da cidade, que começava a receber seus filhos ilustres ou desconhecidos, que se misturavam na Rua Direita, na Rua das Flores ou se concentravam no point, a Kiskina Chope, que como sempre estava repleta de conterrâneos ávidos por um papo e por notícias sobre o encontro, que começaria lá pelas duas da tarde, no Green Park.

Eu prometi não citar nomes, mas ver o filho do Wilder Alvin, artista nativo que hoje é saudade, tocando para os amigos de seu saudoso pai, com qualidade de quem já pode ser considerado pronto para a batalha, me dava a certeza de quer ali seria realizado um grande evento. O rapaz, abrilhantou a tarde com seu som simples, regado a música brasileira, escolhida a dedo pelas meninas organizadoras, e foi ponto der partida para o papo nosso do final de semana;

Revi dezenas de amigos, muitos distantes e que não via fazia um tempo, como já disse em várias oportunidades, encontrei velhos camaradas, parceiros de TG 217, parceiros do futebol, parceiros das peladas do Ginásio e do clube XV, vi amigos que imaginei não encontrar em  um evento destes, revivi memoráveis partidas de futebol de botão enquanto sorvia uma cerveja gelada, curtia um novo estilo de música, agora com um grupo de jovens miracemenses, que me surpreenderam pela beleza do repertório e pela qualidade do som oferecido. 

Eu pensei que a sexta-feira seria inesquecível e pronto. Porém, tem sempre um porém, foi apenas um ponto de partida, o sábado nos reservava outras emoções que me fizeram lembrar de duas músicas do Rei Roberto Carlos, “Emoções’ e “Um milhão de amigos”, isto mesmo, tive emoções a cada hora e, se não tenho um milhão de amigos as centenas, ou dezenas, ou milhares, que tenho são mesmos fantásticos, maravilhosos e extraordinários. 

Só mesmo quem tem verdadeiros amigos faz uma festa como aquela que fui testemunha ocular. Só mesmo quem tem amigos e os cultiva no fundo do coração, fica em um sábado calorento, sol forte, temperatura beirando aos 40 graus, à sombra, ouvindo Samba, eita turma boa esta do Fael do Cavaco, outra surpresa super agradável do final de semana na terrinha.

Papo rolando, viagens idealizadas, narrativas de gols feitos, de garotas conquistadas, de exposição, de carnaval, de grêmio estudantil e perspectivas de dias melhores na aposentadoria ou, para os que estão na labuta, de uma virada na vida profissional.

Se tudo isto já estava bom não havia como melhorar ainda mais. - Você vai ver logo mais, no Clube XV, o baile vai  bombar e mais surpresas irão acontecer, me diziam as meninas organizadoras do evento.  Confesso que esperava ficar bom, no ano passado foi espetacular e apenas faltou um pouco mais de público, e, ao sair para a última parte do programa, fiquei preocupado.

Será que vamos ter um público legal? Será que o pessoal que for ao baile, com um conjunto de nossas gerações, vai aceitar a música nossa de cada dia? Será que vou conseguir dançar com esta dor na panturrilha?

Eram perguntas que careciam respostas ao longo do baile, mas estas vieram imediatamente, antes mesmo da bola rolar, ops, a música tocar, desculpe, é a força do hábito de comentar futebol, e lá, no Clube XV, estavam outros amigos para serrem abraçados, outros parceiros da velha guarda para reviver causos e contar histórias recentes, falar de nossos filhos, de nossos netos e de novas conquistas.

Foi mesmo um duplo dia de felicidades e de promessas com gostinho de quero mais e você não sabe como fiquei feliz quando o grupo, que achei que não aceitaria a nossa música, se uniu para dar um chega prá lá na hora que o The Brother resolveu inserir uma sequencia de sertanejo universitário, foram intimados a parar imediatamente e o que era bom ficou ainda melhor.

Agora acredito que no ano que vem, no quarto encontro das Meninas & Meninos de Miracema eu verei quem ainda não teve a coragem de voltar a terrinha para rever seus amigos ávidos por um abraço de reencontro.

Até 2014 e mais uma vez OBRIGADO MENINAS  DE MIRACEMA.

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