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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

64 anos 15 copas do mundo - Parte 1

Na primeira Copa do Mundo, no Brasil, eu engatinhava e nem sequer pensava que o futebol entraria na minha veia prá ficar, isto em 1950 e só ouvi, anos depois, as histórias contadas pelo meu pai, Zebinho Dutra, que segundo a lenda estava entre os duzentos mil presentes na catástrofe histórica do Maracanã. Quatro anos depois, 1954, a Alemanha surpreendeu o mundo da bola e venceu a Hungria, na Suíça, e eu, mais uma  vez, nem imaginava qual seria o meu futuro. Chutava as primeiras bolas, na calçada do bar do meu avô e na grama da Prefeitura, mas não fiquei sabendo o que se passava lá pelos gramados suíços. No ano em que o Brasil venceu o Mundial da Suécia, 1958, já participava das conversas dos adultos, ouvia a transmissão no rádio do Vovô Vicente Dutra e era considerado o amuleto da sorte pelos frequentadores do bar, isto porque eu enchia o saco deles, falando sem parar, e me mandavam até a padaria do Garibaldi comprar balas, e, quando eu voltava, sempre saia um gol do Brasil, que al

64 anos 15 copas do mundo - parte 2

... continuação E veio 1978 e, mais uma vez, frustração total. Faltou grana, a firma em que eu trabalhava fechou as portas e o dinheiro ficou curto e nem sonhei em ir a Buenos Aires ver a final entre Argentina e Holanda ou muito menos assistir alguns jogos do Brasil em gramados portenhos. Como diria meu avô, deu água. Espanha 1982 e o Brasil monta a melhor seleção pós geração 1970. Um timaço comandado por Telê Santana e Zico no apogeu. Vou lá, mas o destino foi melhor comigo, entrei naquele ano para o Banerj e não tive tempo hábil para entrar em férias e viajar para Madrid ver a Itália campeã, chorei mesmo em Miracema, ao lado do filho Ralph, na calçada da casa na Rua João Pessoa.  A oportunidade bateu a porta, concretamente, pela primeira vez, o Geneci Pestana me incentivou e dizia que o México era tudo de bom e que iríamos em comitiva bem legal, com vários brasileiros juntos, e o Zé Maria de Aquino seria nosso mestre de cerimônias. Veio a transferência para Campos e o dinheiro

64 anos 15 copas do mundo -final

... continuação  Em 1998 a maior frustração de todas as copas. A emissora que eu trabalhava fez cadeia nacional com a Record e nosso time levaria dois profissionais para a França. Férias no Banerj marcada, convite efetuado pelo chefe da emissora, em Campos, dinheiro liberado e lá vou eu trabalhar em uma Copa do Mundo e, finalmente, realizar meu sonho de juventude. Que nada, o Itaú assume o Banerj e tudo se complica. A expectativa da resposta ao chefe, que era positiva, passou a ser uma interrogação e lá foram meus dois companheiros, Sérgio Tinoco e Pessanha Filho, para a primeira Copa de ambos, e eu, imagina? Fiquei aqui, nos bastidores, ao lado dos companheiros da Rádio Cultura de Campos fazendo os jogos em tubo e comentando a vitória da França sobre o Brasil, no pós jogo. Coréia/Japão, 2002, foi mais ou menos o que ocorreu em 94, nos Estados Unidos, não dei a mínima para o sonho e nem sequer pensei em viajar. Não tinha grana, a viagem era das mais caras, e a distância muito lon