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Mostrando postagens de março, 2011

ELES TENTARAM FAZER MINHA CABEÇA

Há algum tempo, quando eu era criança pequena lá em Miracema, ouvia falar em craques fantásticos e em esquadrões de ouro. Meu tio, tricolor sem muito fanatismo, eu nem sei por que o Tio Ary é torcedor do Fluminense, contava causos do famoso “timinho”, treinado pelo nosso conterrâneo Zezé Moreira, talvez esta seja a razão do Tio Ary torcer pelo tricolor. Ouvi meu avô Vicente falar do “Esquadrão de Ouro’ do Miracema FC, que passou dois ou mais anos sem perder um jogo e no dia que perdeu fechou as portas. Ficava atento quando o seu Garibaldi Parreira contava as histórias do Flamengo, tri-campeão em 53-54-55, e quando ele falava de Evaristo e Rubens. O tempo passou, mas as histórias e os causos sobre os timaços cariocas não passavam em branco. Outros contadores de causos e o ouvinte, este que vos fala, já estava crescido e já comprava a Revista do Esporte na banca do Chico Munheca e já acompanhava as resenhas nas Emissora Continental, das organizações Rubens Berardo. Como eu disse os conta

UMA PAIXÃO QUE SE EVAPORA

Não tenho muito que falar sobre esta situação vivida pelo Flamengo e por seus torcedores, que debatem diariamente, há vinte e quatro anos, sobre a validade ou não do título brasileiro de 1987. O que já discuti com vascaínos, tricolores e botafoguenses durante este tempo dá para encher as páginas de um catálogo telefônico da cidade de São Paulo. No Armazém do Lenilson encontro o velho amigo Sollon, de papo com o Eucimar e disposto a curtir a oficialização do título. - Sente aqui, meu caro Dutra, tomemos uma cerveja gelada para comemorar o hexa oficializado. Nem respondi ao bom amigo e eterno guru. Passei batido em direção ao centro da cidade e, para meu espanto, Sollon veio em seguida deixando seu parceiro sorver sozinho a gelada que pedira. - Aonde vais? O que se passa? Tá zangado comigo? Três perguntas rápidas, todas sem respostas, e o ritmo do passo aumentava a cada minuto já que o assunto, levantado pelo velho guru, não estava na pauta para aquela manhã bonita e ensolarada. - Você n

SELEÇÃO IDEAL: A DÚVIDA CONTINUA

Sabe aquela conversa de botequim, onde o assunto preferencial é o futebol? Pois é. Eu gosto de papear nos bares da vida e falar do esporte que adoro sempre que estou com amigos. E sempre vem aquela velha pergunta: -Qual foi o melhor jogador que você já viu jogar, ao vivo? Sem medo de ser feliz e de desagradar ao interlocutor eu respondo que foi Pelé. - Pelé não vale, eu não vi jogar. Mande outro. E novamente sem medo de ser feliz eu mando: Maradona. - Este também não vale, não é brasileiro e você viu ele jogar aonde? Não vai me dizer que foi lá na Itália? Não. Vi Maradona jogar no Maracanã, mesmo palco que vi Garrincha, Nilton Santos, Rivelino, claro, vou citar Zico, Leandro e as feras daquele time do Flamengo do início dos anos 80, ou também não vale? E tem aquela velha história de falar sobre a sua seleção, a seleção de todos os tempos, que sempre provoca desentendimento. Certa vez escalei o melhor time que vi jogar e esqueci de mencionar Gérson, o Canhotinha de Ouro, e o Victor, m