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Marrocos - Por uns Euros a mais

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  Novembro de 2022, Deserto do Saara, Marrocos, mais precisamente em Ben Haddou, próximo a um grande pavilhão onde as filmagens hollywoodianas são realizadas, ou eram, não sei o certo, nos encontramos com este personagem da foto ao lado, que não queria ser fotografado, não aceitava papear comigo, claro que com nosso guia Hassan como intérprete, e, como os seus companheiros no centro de Marrakesh apenas faziam gestos.  Eu não entendia e tentava me aproximar. Ele não me entendia e ameaçava colocar a cobra, ou serpente, no meu pescoço. Chamei Hassan e perguntei: O que se passa, o cara está arredio mas não se afasta de mim.  E o guia me disse: - Mostre a ele algumas moedas de Euros que ele te chamará para fotos e até deixará pegar a serpente. E eu coloquei uma nota de cinco Euros e uma moeda de um Euro na mão e cheguei próximo, ele mandou eu me abaixar, quis colocar a serpente no meu colo ou no pescoço, que recusei, e se deixou fotografar e filmar à vontade. E o Hassan, no final da sessão

Causos de viagens - O italiano e o paraguaio em Madrid

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  Comecei a andar pela Europa curtindo um prêmio do jornalismo, em 2005, e me apaixonei por Madrid e disse para minha mulher: - Esta será a primeira de muitas viagens que faremos por aí, vamos aproveitar a vida porque é curta e precisa ser vivida intensamente e levaremos as lembranças de tudo isto para nossa eternidade.  Mário, o napolitano, e Manolo, o moço de Sevilha   As viagens, pelo menos na minha opinião, são para abrir portas para novos amigos, novas culturas e novos horizontes, e, já neste primeiro contato com a Europa pudemos conhecer o Mário, um italiano de Nápoles, dono de um Pub na principal avenida de Madrid, a Gran Via, que em uma noite, nossa última na capital da Espanha, nos recebeu ao lado de seu fiel escudeiro, o moço de Sevilla, Manolo Perez, uma figura doce e cozinheiro de mão cheia, foi ele quem ensinou a Marina a fazer a famosa Paella Valenciana, que não leva frutos do mar, e os quitutes sevilhanos de alto nível, e os chamados "tapas" para o tira gosto d

A música da madrugada - Devaneio de um Molambo

  Ontem não dormi após o futebol,  fiquei ouvindo minhas músicas no Spotify, que aliás está cada dia melhor, estou conseguindo fazer minhas playlists com muito carinho (quem quiser é só pedir) e duas músicas me chamaram a atenção já entrando na madrugada, o fone no ouvido e as letras girando na telinha do celular não me deixavam dormir,  confesso que não estava muito afim de ir para os braços de morfeu.   A primeira, letra de Augusto Mesquita, que anda em voga nesta crise política  e me remetem a outras tantas que  vivi neste país de políticos mentirosos e corruptos. A letra me coloca nos debates, que não assisti, e nas propagandas das tevês abertas, que às vezes fui obrigado a ver e me irritar.  Qual é a música? Perguntaria Silvio Santos (era ele mesmo o dono deste quadro?), Molambo, cuja interpretação mais marcante, para este que vos escreve, não foi de nenhum seresteiro mor e sim do grupo Os Incríveis.  "Eu sei que é tudo mentira e  não pode ser, o que ela me fez, porque depois

Vai um picolé aí?

  Uma grande história começa com um grande cara, e este cara não sou eu, e sim o libanês Abdo Eid-Nassar, ou simplesmente o Seu Ábdo, dono das melhores receitas de picolé e sorvete que vimos e saboreamos na nossa Miracema, que, penso eu, durou pelo menos uns trinta anos de sucesso e dedicação total dele e de sua família.  Tenho boa memória, mas posso falhar no contar a história desta Sorveteria, que antes de ser a Sorveteria Miracema, funcionando em frente ao Bar Pracinha e ao lado do Bar Central, do Vavate e depois do Zé Careca, começou como Picolé Sibéria, estabelecida na esquina da Marechal Floriano com Barroso de Carvalho, a rua do Aero Clube. O picolé, com  aquele sabor inconfundível do Picolé Sibéria fez com que o pensamento do Seu Ábdo se voltasse para um lugar onde pudesse fazer seus sorvetes e  pudesse ter uma cozinha para preparar os quibes e os hamus que dominavam as vendas em seu bar/sorveteria. Sempre tive o carinho e o respeito deste moço, patrício de Neffá El-Koury,  meu

Veneza - A Rainha do turismo

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  Veneza está na Região de Vêneto, bem ao norte da Itália e, informação do Google, é formada por pequenas cem ilhas no Mar Adriático. Só alcança Veneza pelo mar, não há estradas que ligam o continente à ilha e apenas os canais, na via Grand Canal, são os caminhos para atravessar a cidade mais procurada por turistas europeus para o Carnaval, que, sem dúvida alguma, é o mais elegante e tradicional de todo o mundo.  As grandes atrações turísticas de Veneza são a Basília de São Marcos e a Piazza com o mesmo nome, ambas estão recheadas de motivos góticos e os palácios, renascentistas e góticos, que estão nesta praça central, formam o elegante retângulo da Piazza de São Marcos. Os passeios imperdíveis são, pela ordem, a Gôndola, com seus elegantes gondoleiros atravessando os canais venezianos, adentrar a Basílica de São Marcos e apreciar os mosaicos bizantinos e o campanário que tem uma vista maravilhosa dos telhados vermelhos da cidade.  A posição marítima, estratégica, de Veneza, fez da ci

Londres - O Big Ben

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Desde quando nós éramos crianças pequenas, lá em Miracema, ouvíamos falar do Big Ben, um dos símbolos da cidade de Londres, e para nós até uma marca registrada da Inglaterra. E afinal, o que é o Big Ben?  Big Ben é um enorme sino, instalado em uma torre, ao noroeste do Palácio de Westminster, em Londres, que é a sede do Parlamento Britânico. Tem 96 metros de altura e foi inaugurado em 31 de maio de 1859 e é uma criação dos arquitetos Augustus Pugin e Charles Barry, que levou exatos dezesseis anos para ser inaugurado.  Uma curiosidade sobre a Torre famosa: A construção do Big Ben começou logo após um incêndio, que destruiu todo o Palácio de Westminster, em 1834, e a principal ideia era ocupar o lugar com algo novo, então pensaram em uma torre, com um grande relógio, que marcava a hora oficial de Londres,  a opção foi aceita e colocada em prática.  A torre tem o nome de Elizabeth Tower e o nome oficial do Big Ben é Great Bell, traduzindo o Grande Sino, e é um dos mais belos cartões posta

Pompéia - E o Vesúvio levou

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Um dos lugares, dizem os historiadores, mais bonitos e promissores da Itália, no tempo do Império Romano, Pompéia se transformou em uma imensa ruína após ser devassada pelas lavas do Vesúvio, seu perigoso vizinho que até hoje assusta embora estava inativo a dezenas de anos.  Hoje Pompéia é um grande sítio arqueológico, situado na Campânia, região ao sul da Itália, foi, como disse acima, uma sofistiticada cidade romana e soterrada pelas cinzas e pedras do Monte Vesúvio em uma catástrofe em 79 D.C, bem próximo a Costa do Golfo de Nápoles.  Hoje o local está bem preservado, os arqueólogos ainda trabalham escavando as ruínas e, um detalhe interessante, estas escavações podem ser feitas até pelos visitantes diários da cidade, que não está abandonada e recebe milhões de turistas anualmente.  Há muito que ver em Pompéia, ou Pompei, nome na língua local, e em um dia você visita o Fórum, que era o centro da vida política e social da cidade, o Templo de Apolo, dedicado ao Deus Sol, fica nas prox