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Mostrando postagens de abril, 2012

O Jardim de Miracema

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Andar pelo jardim de Miracema é dar uma volta ao passado. Sentar em um daqueles bancos, patrocinados por empresas que desapareceram e que algum dia fizeram o progresso chegar à cidade, é a certeza de lágrimas nos olhos.  Ver o Rink, mesmo vazio e sem as crianças para iluminarem o ambiente, é como se ali estivéssemos eu, Júlio e Gutinho, correndo atrás de  uma bola de borracha a espera dos amigos para um racha, rápido, antes que um de nossos pais viessem correndo nos chamar para estudar ou coisa parecida. Ver minha neta, Luna, brincando no Parque Infantil é recordar do seu Waldemar, zeloso guardador do local e que com sua simpatia e paciência, nos enchia de alegria e energia para correr um a um daqueles brinquedos instalados naquele espaço que leva o nome do seu Marcílio Poly. Naquele coreto, que hoje está refeito e praticamente igual ao original, ainda não subi ou entrei para ver como é que ficou. Não tive coragem, minhas pernas tremeram nas duas oportunidades que tive para vi

Estes fizeram a alegria da galera

Tempos atrás fui contestado pelos amigos por citar meu antigo jogador, da Escolinha da AAM, Chico Felicíssimo, como um grande atacante e um dos craques que não vingaram aí na terrinha. Um pouco depois contei, aqui neste mesmo espaço, algumas de minhas jornadas inesquecíveis e, pimba, lá veio de novo o bombardeio de contestações.  Contei histórias, causos, passagens curiosas como as do Jucão, do Genuíno e do Belisca, falei de bons goleiros, como Zil, Navalha, Geneci, Zé Geraldo, Bizuca e Rubinho Camelo, falei de ótimos atacantes, como Thiara, Pedrinho (os dois), Cacá, Chiquinho, de fabulosos meias, Ademir, Alvinho, Dequinha, Paulo Lolita, Manoel Lima, Zé Augusto Provinciale, e outros que vingaram ou não aí na nossa terrinha. E agora, quem serão os homenageados do espaço? Os zagueiros ou os laterais? Podemos fazer um apanhado geral  e contar por aqui que Dilsinho, hoje morando em Venda das Flores, foi um dos mais completos de sua geração, concorda comigo? Que David Resende foi perfeit

Na cadeira do babeiro

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No início do ano, creio que ainda estava curtindo Guarapari com a família, li sobre o cinquentenário do primeiro título mundial de Éder Jofre, nosso maior pugilista de todos os tempos, e no exato momento em que a manchete chegou no meu laptop a minha mente me transportou para Miracema, Rua Direita, salão de barbearia do Seu Gérson Coimbra, onde fui encontrar Eloi Natividade, um dos mais tranqüilos e competentes profissionais do ramo que conheci. O que teria Eloi Barbeiro com Éder Jofre, por acaso ele lutava boxe ou era bravo ou violento? Nem pensar. Eloi, já disse acima, sempre foi um pacato cidadão, tranquilo e com uma paciência de Jó, basta você saber que sempre fui irriquieto e agitado e ele, com sua calma, tratava de minha cabeleira com categoria dos grandes profissionais. - E então, conta aí? Dirão os apressados e eu atendo. Um dos adversários de Éder Jofre foi o mexicano Elói Mendes, batido por nocaute pelo nosso ‘Galo de Ouro” em decisão nos anos 60 e, de lá prá cá, passei