LEMBRANDO HERIVELTON MARTINS

Ainda vivendo as emoções da série da Globo, Dalva e Herivelto, que narra a história de amor deste casal de artistas, fui buscar no meu baú de músicas as canções de Herivelto Martins, o marido de Dalva de Oliveira e pai de Pery Ribeiro, as letras, que podem justificar este início de ano para muitos clubes brasileiros, e, principalmente, os nossos - Americano e Goytacaz - que parecem viver a mesma história de amor e ódio do casal que criou o fabuloso Trio de Ouro.

Os dirigentes alvianis buscam reforços, mas não encontram nomes disponíveis no mercado ou, creio que esta é a melhor hipótese, não há grana disponível nos cofres para estas aquisições. “Parto a procura de alguém ou a procura de nada, vou indo caminhando sem saber onde chegar, quem sabe na volta te encontre no mesmo lugar”.

E a torcida, que fica a espera de dias melhores, parece cantar com o grande Herivelto: “Não, eu não posso lembrar que te amei, não eu preciso esquecer que sofri. Faça de conta que o tempo passou e que tudo entre nós terminou...” Bem, acho que aí vai um exagero, na fiel torcida alvianil ninguém quer colocar fim ao romance, mas que tem gente fugindo, isto tem.

E o torcedor alvinegro, que ainda vive daqueles momentos felizes do enea e dos timaços que se montavam no Parque Tamandaré. Os dirigentes, cansados do assédio de torcedores, que clamam por um time mais forte, cantam assim: “Seu mal é comentar o passado. Ninguém precisa saber o que houve entre nós dois, o peixe é pro fundo das redes segredo é prá quatro paredes”.

E aquele craque, fenomenal e gordinho, que ainda está por aí esbanjando talento e classe, ao ouvir as histórias do ano que passou diz: “Não fale daquela mulher perto de mim”, mas será que é da mulher que o artilheiro quer esquecer? Tenho dúvida.

Herivelto foi um grande compositor, apaixonado por várias mulheres, tal qual os craques de hoje, que vestem várias camisas e beijam escudos como prova de amor, o artista amou muitas mulheres e deixou marcas no coração de cada uma, como Love, o Vagner, que também amou bastante quando jovem e fez jus ao apelido de Artilheiro do Amor.

E a torcida do Palmeiras, lamentando a sua saída, ofendeu o atacante, que respondeu cantando Herivelto Martins: “Que diferença vai fazer na minha vida, mais uma briga, mais um desgosto, que diferença vai fazer na minha dor...”

Planos, muitos planos. Sonhos, muitos sonhos. E Adriano, o Imperador, não pode brincar o carnaval. A diretoria do Flamengo emitiu nota oficial, exclusiva para os jogadores, dizendo que os dias de folia serão de muito trabalho, afinal o Carioca estará em pleno andamento.

E o camisa dez da Gávea mandou: “Que rei sou eu, sem reinado e sem coroa, sem castelo e sem rainha. Afinal que rei sou eu?” Se fosse aquele outro artilheiro eu até ousaria dizer que seria um Rei Momo, mas o Imperador está mais prá He-Man.

E Edilson, o Capetinha, que resolveu voltar as canchas, animado com tantos ex-jogadores em atividade, também botou o bloco na rua e gritou, já vestindo a camisa tricolor do Bahia: “Vem, vem em busca da Bahia, cidade da tentação, onde o meu feitiço impera. Bahia, Bahia, Bahia!

E por lá ele terá a companhia de Renato Gaúcho, agora treinador do Tricolor de Aço e parceiro de fé do Capetinha. Vai dar samba?

E o presidente do Goytacaz, preocupado com o recado da torcida, que promete abandonar o barco: “Será que ela ainda lembra do compromisso que tem ou será que ela agora deixou de querer bem?”.

Aí está, em forma de canção os protestos bem humorados dos torcedores e craques deste nosso fabuloso esporte bretão. Bom domingo prá todos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Miracema de luto - Faleceu Dr Roberto Ventura

Revendo textos - O nosso invicto Rink E.C.

Encontros & Reencontos - 90 Anos do Zé Maria