Arrumando o ármario
Se dar-te um beijo é pecado, eu quero morrer de amor... Assim dizia, em uma de suas belas trovas, o professor/poeta Osmar Barbosa, um dos grandes sábios que passaram pelo Colégio Miracemense nas décadas de 60 e 70, de onde saiu para brilhar na serra friburguense. Se amar-te é perder a vida... Completava o poeta nesta mesma trova de amor, não se sabe a quem dedicada, e por mim e pela turma da Gráfica Normalista, liderada pelo meu tio Ary, inserida em um de seus livros, “Para as mãos do meu amor”, que hoje achei amarelado, empoeirado, mas ainda com páginas livres dos arranhões ou riscos de lápis ou caneta de um depredador qualquer. Ao arrumar o armário da família, na garagem de meu prédio, além da bela surpresa de encontrar o livro de Osmar Barbosa (*), tive a felicidade de achar uma partitura de um dobrado, pena que eu não toque mais o meu piston, se não os moradores do Condomínio Itaparica, aqui em Campos, fechariam as janelas, desceriam à rua e me apedrejariam sem dó...