Dia de recordar a nossa Banda Sete
Eu sempre digo que já fiz de tudo na minha Miracema, e hoje começo a contar um pouco do que fiz, do que fui e o que deixei de bom na terra que me viu nascer e que aprendi a amar com toda força. Fui músico, joguei futebol, cantei em conjuntos musicais e festivais de música, locutor de carro de som e da nossa Rádio Princesinha e fui muito ativo como dirigente do Grêmio do Miracemense e, se não me dei bem na Maçonaria não foi por minha culpa, mas deixei minha marca no Rotary Clube até quando deixei a cidade para tentar a sorte em um novo destino.
Hoje começo a contar a minha história com Miracema, poderia começar pelas peladas do Ginásio, pelo nosso Vasquinho, ou até mesmo pelos teatros do Prudente de Moraes, mas escolhi falar de um outro amor deste escriba, que já é um velho escriba, a Sociedade Musical 7 de setembro, a nossa tradicional e centenária Banda Sete, famosa e inesquecível.
Foram seis anos por lá, dos 14 aos 20 anos, e convivi com grandes músicos e grandes maestros, aprendi muito com José Viana, Sargento José Orçay, mestres que me ensinaram os truques do sopro de um piston, com Maestro José Garcia, que me ensinou a ler uma partitura apesar de não gostar muito, preferia tocar de "ouvido" que aprendi desde que tocava na minha improvisada corneta feita de uma mangueira, um bocal de pia e um funil, imaginação de um garoto de dez anos já apaixonado pela música.
Participei com os grandes nomes da Banda Sete, como José Meireles, um baita pistonista, o velho Pimenta pai, que marcava na tuba o compasso da banda e seu filho Lula o substituiu tempos depois, e, além do Lula, na tuba, o Paulo, no sax também fazendo a marcação. Inesquecível Waldemar Nascimento, aquele mesmo veterano do Colégio Miracemense, meu grande companheiro da Sete e do Conjunto do Zé Viana.
Novos talentos, como Roberto, no trombone, Gil, no piston e Jorge, no sax, os dois filhos do Maestro Garcia, e minha mana Teresa, no Saxofone. Sei que esqueço de muitos outros, e como esqueço eu sei disso, certo Coronel Jorge Orçay? Certo Dr. Celestino Sales, mas não esqueço do nosso eterno presidente, Hélcio Bastos, um incentivador e apaixonado, como meu pai, pela Sociedade Musical Sete de Setembro.
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