Quarentena, dia 45, na faxina achados maravilhosos

Sexta-feira, primeiro de maio de 2020, feriado consagrado ao trabalhador em todo mundo, porém, tem sempre um porém, para nós, mortais em confinamento, o vírus ainda perturba e provoca temor em todos nós, o feriado, tido como prolongado, já se estende desde o 13 de março passado e, confesso que para nós, eu e Marina, não tem sido pesadelo, estamos em contato, em vídeos chamadas, com os filhos que estão longe e, o mais novo, que ainda está por aqui, sempre está nos vendo, de longe, e nos prestando o favor em compras e abastecimento da geladeira e da despensa. 

Lembra disto? Famosas nos anos 80/
Pois é, dia 45 da quarentena foi especial, a parte da manhã foi totalmente dedicada a faxina, eu fiquei responsável pela sala, limpeza dos discos e livros, cassetes e vídeos, e aí começaram as surpresa do dia. Os vinis, que não escuto há quase meio século, estão intactos e foram limpos, não tem como ouvi-lo, não tenho mais a minha vitrola Motorola, os CDs, também sem uso desde que me associei ao Spotify, há cinco anos, estavam com as capas limpinhas, a Luciana limpa os 600 que restaram semanalmente e hoje foi preciso apenas passar um álcool para tirar as pequenas impurezas para nos proteger do tal de "coroa". 

Mas o que queria falar, depois deste preâmbulo de dois parágrafos,
Meu velho companheiro vídeo k7, fora de uso
é que houve algumas surpresas legais, algumas descobertas de coisas dadas como perdidas, como os vídeos (isto mesmo, vídeos em K7) onde estão registrados alguns passeios excelentes em viagens da década de 1980 e algumas fitas cassetes com músicas gravadas pelo Leandro, para nossas festas no Banerj, e CDs com gravações antigas e até mesmo de transmissões esportivas. 

Tentei, em vão, rever os vídeos e ouvir as fitas, ambas em K7, mas meu vídeo K7 já não funciona mais e o jeito é esperar a vida voltar ao normal para encontrar alguém que o conserte e eu possa rever e ouvir estas grandes relíquias de minha história de vida. Quanto as fotos, algumas em preto e branco, que eu dava como perdida no roubo que aconteceu na minha casa, em 94, quando levaram a caixa com todos os recortes de jornais e fotos do futebol, e jogaram no Rio Paraíba, algumas apareceram e me encheram de felicidade, principalmente a da primeira viagem a Cuiabá, no Mato Grosso, quando visitei o Pantanal. 

Meus CDs, que só vejo na hora de limpar
E assim vou de Spotify ouvindo e cantando
E, passado o tempo da faxina, que acabou cedo porque começamos cedo, voltamos a realidade e ao mundo de hoje, ligamos o som, o Spotify e vamos revivendo, através da música, os anos 60 e 70 quando o mundo ouviu as melhores canções e nossos compositores não se preocupavam com shows e sim com gravações para faturar prestígio e grana, e, olhem bem, as letras e as músicas se misturavam com qualidade e nossos ouvidos agradeciam.

Comentários

sobre os cds, prefiro te-los e ouvi-los e se puder ainda os compro.
Adilson Dutra disse…
Não tenho mais o que comprar, estes novos me assustam. Os que gosto cato no Spotif
y

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