Papo de viagem - Como comer e o que comer, bem, nas viagens

Na última semana fiz uma Live com o amigo Neto Cordeiro e, entre outros assuntos, falamos de viagens e como comer bem e onde comer nas viagens internacionais. 

Eu, por experiência própria, senti no estômago o que é abusar da comida que não estou acostumado, senti o drama no dia seguinte a uma estupenda refeição, deliciosa, em Madrid, em 2005, em um restaurante cabo-verdiano.

Explico: A comida, um pouco diferente da nossa feijoada, com todos os ingredientes, não desceu bem e no dia seguinte, na viagem de trem para Toledo, o "trono" da cabine "baños", o nosso banheiro, ficou reservada exclusivamente para este escriba. 


Pois então, daí pra frente, comecei usar o convencional, sem experimentar nada exótico ou condimentado, como as pesadas comidas alemãs, que são um tremendo problema para quem tem problema de má digestão ou na vesícula, este item foi cortado do cardápio e o bacalhau, sem muito tempero e as massas, também sem aqueles condimentos mais pesados, foram inseridos no contexto. 

Neto me perguntou: Onde comeu bem, em Portugal ou na Itália? Nos dois, mas para decepção do turista, que se acostumou justamente com as tradicionais comidas portuguesa e italiana, sem medo de errar eu digo que o melhor bacalhau que comemos, eu e Marina, foi em Varsóvia e a melhor massa na Bratislava, sensacionais os dois pratos e conto como foi. 

Em Varsóvia nevava demais, cinco graus negativos e não tinha para onde sair à noite. Conversando com nosso guia, um português gente fina, contei que me decepcionei com um certo tipo de bacalhau, em Monsanto, em Portugal, e que tinha sido o pior que comi até aquele momento. 
- Vou te indicar um restaurante português, aqui do lado (do hotel em Varsóvia/Polônia) e vocês, eu, Marina, Bandeira e Marta, o casal que ficou nosso amigo na viagem, irão gostar. Depois me falam. Então lá fomos nós, enfrentar o frio, a neve e experimentar a indicação do guia. 

O maitre, ao ver que éramos brasileiros, chamou um garçom português e este logo ofereceu o tal cardápio de bacalhau, sabia que era indicação do José Maria, e um excelente vinho, também da terra de Camões, para saborear enquanto aguardávamos o pedido, que era simplesmente quatro tipos de bacalhau diferentes, um para cada um que seria dividido à mesa. 

Nem me pergunte se foi bom ou mais ou menos, nada disto. Foi simplesmente o "manjar dos deuses", magnífico, delicioso, e, apesar do adiantado da hora, já passava das dez da noite, não nos causou qualquer problema na madrugada, nem mesmo o vinho, que não nos trouxe ressaca no dia seguinte. 

E a pizza? Pergunta o amigo. A pior foi em Nápoles, acredite, e a melhor na França, em Paris, em uma cantina italiana próxima do Museu do Louvre, após sairmos de um restaurante tido pela turma como muito bom, totalmente decepcionado e com fome de cavalo de corrida. 

Entramos na cantina e o que tinha no momento? Pizza em pedaços e quê pizza, totalmente demais e, acreditem, foram cinco fatias, das grandes, degustadas com satisfação, acompanhada de um refrigerante gelado e também super gostoso. 

Ah! A decepção em Nápoles, com a pizza? Sim, entramos em uma daquelas famosas pizzarias da cidade para conhecer as delícias italianas, um pedaço para cada um, eu, Marina, Gervásio, que não é o Neto, e Helena, nossos amigos e companheiros nesta viagem, e pedimos a tal pizza em pedaços, tradicional no país e na cidade napolitana. Decepção, pizza fria, sem sabor e totalmente condimentada que deu até medo. As paulistas são mais saborosas, tenham certeza. 

Já que o assunto é comida italiana e portuguesa abro um parentese para falar da bacalhoada servida em Cascais, em Portugal, pela Abreu Tour, na viagem de 2015, tirando a de Varsóvia, foi a melhor e mais saborosa que comemos, o vinho, bem este foi melhor do que tomamos na Polônia. 


Fecho com um detalhe importante, novamente no leste europeu, a massa que comemos em Berlim, nos cinco dias que por lá passamos, só perde para a da Eslováquia, mas com um detalhe, por lá, na Alemanha, pedíamos um especialidade por dia, sem muito molho e com cozimento ao dente. Excelente, andávamos pelo menos dois quilômetros por dia para almoçar na Estação Ferroviária de Berlim. 

Depois eu conto mais, porém, tem sempre um porém, na hora que tiver dúvida um sanduba do Mac Donald, do King's Burger ou outro qualquer quebra um bom galho, talvez até uma árvore inteira. 

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