Rink o templo sagrado do esporte

Ontem me surpreendi de forma bem bacana, meu amigo Luiz Carlos Reis, companheiro dos bons tempos do Banerj, me encontra no Boulevard Shopping, aqui na Planície Goitacá, e desanda a falar do futebol de Miracema, naqueles anos dourados do Rink, do Ginásio Miracemense e das peladas no Buraco da Égua, que hoje não existem mais já que a vida se transformou em Internet e outras coisas menos decentes e que dispensa comentários. 

Falamos muito sobre os torneios de Futebol de Salão, hoje apelidado de Futsal, na quadra do Rink, até ousei e tentei falar sobre as peladas de basquete, lideradas pelo Gute Lontra, pois acreditei que Luiz Carlos não se lembraria delas. 

Engano meu, o amigo tem uma memória muito boa e enumerou os craques que por ali jogavam o esporte da cesta, como Careca, Scilio, Antônio Miguel, e, anos depois vieram Júlio, Thiara, Cervejinha, este que vos escreve e muitos outros apaixonados pelo basquete e que movimentavam tanto o Rink quando a quadra do Ginásio. 

Mas queríamos mesmo era lembrar dos torneios de futebol de salão, falar dos caras que animavam aquele pedaço do jardim e relembrar nossos momentos de alegria vividos ali na Praça Dona Ermelinda. 

- O Rink era nosso Maracanãzinho, certo Adilson? Diz Luiz Carlos me parecendo chorar de emoção ao lembrar nossa terrinha. 

Realmente o Luiz tem razão, era mais do que um Maracanãzinho, era nosso templo sagrado do esporte e por ali vivemos grandes emoções e vivenciamos grandes peladas ou jogos valendo dois pontos dos torneios organizados pela turma, isto mesmo, não tinha diretor ou coisa parecida, a turma se reunia, formava times e conseguia árbitros e a torcida comparecia em grande número e tudo corria muito bem deixando claro que as vezes muita organização complica, o improvisado e feito com amor sempre dá certo. 

Já contei aqui sobre os craques do cimento do Rink, mas é bom lembrar do time do Palmeiras, que tinha o Zé Bolão no gol, aliás e a propósito este foi um dos grandes goleiros da cidade, e Lucho, outro goleiro badalado, se mostrava bem no gol do (esqueci o nome do time dele) até quando o Miguel Prescurio ameaçava chutar contra o gol dele, aí era o caos:

- Segura o Miguel, não deixe o homem chutar. Gritava alucinadamente o Lucho. 

Velhos tempos, belos dias, belas tardes de qualquer dia e de qualquer mês, só a chuva parava a turma que batia suas peladas no Rink porque a quadra era liza e escorregadia. Valeu, Luiz Carlos, boa prosa e boas lembranças, mas hoje, meu caro amigo Luiz Carlos Reis, nosso Rink está sem conservação, quase abandonado, o piso é irregular e ruim como mostra a foto que escolhi para ilustrar o comentário. 

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