As músicas que nos levam aos grandes momentos

De vez em quando pego uma mania, as vezes me vejo completamente envolvido com as séries da tevê, outras vezes com leitura de clássicos da literatura mundial e atualmente meu vício, ou mania como queiram, é ouvir música no celular, no tal de bluetooth, que me leva a cinquenta anos atrás em minhas caminhadas através de um aplicativo, Spotify, sensacional,  e viajo centenas de milhas distantes com meus fones no ouvido. 

Ouço Trini Lopez e me vejo nas varandas das residências da minha Miracema, como a dos senhores Nenem Braga, Noqueta Mercante, Juquinha Dono e na grande varanda da minha casa, em frente a Prefeitura, onde os bailinhos eram organizados pelas meninas e meninos de Miracema com um som saído de uma Sonata ou de uma Eletrola Stereo. 

Busco, no aplicativo, Waldir Calmom e encontro o som de seu piano e de sua orquestra, assim como encontro a Tabajara, de Severino Araújo, ou o trompete de Booker Pitman. E o que me lembro? Dos bailes do Aéro Clube e do improvisado salão do Grupo Escolar Dr. Ferreira da Luz, onde a sociedade miracemense bailava ao som destas maravilhosas orquestras brasileiras. 

Paro na calçada do centro, converso um pouco com alguns amigos, falo da minha descoberta e Amaro me diz: "Aí você acha de tudo até as músicas do tempo das discotecas". Bingo!! Lá vou eu movimentar o aplicativo e descobrir o som tocado na Cabana do Clube XV, nos anos 70, onde o som de Glória Gaynor, Abba, Bee Gees, Koll and Gang e tantos outros que marcaram aquele lugar de encontro da nossa juventude. 

Ah! Não podem faltar as músicas dos tempos do Grêmio Estudantil Alberto de Oliveira, onde a garotada se reunia duas vezes por semana para bailes, prosas afiadas e, claro, para encontrar as (os) namoradas (os) e dançar os sucessos da época, e lá vem Simonal, Incríveis, Mamma And Pappas, Classic IV, James Taylor, Beatles e tantos outros que se ficasse aqui nomeando um a um o espaço acabaria. Tempo de relembrar grandes nomes da música e que fizeram uma geração gostar de coisas boas.

O Spotify também me faz lembrar das boas serestas, dos violões do Lula, do Fernando, do Luiz Matos e do Romildo, que um dia tentaram me acompanhar nas noites insones e de bebedeiras cantando aquilo que Nélson Gonçalves, Orlando Silva, Roberto Carlos, Agnaldo Rayol e o Timóteo, cantaram e transformaram em sucesso. É gostoso andar pelo calçadão, pelo Jardim São Benedito ouvindo as belas músicas que te levam a um lugar onde você foi feliz e sabia. 

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