Andando por aí com destino certo
Tomamos uma cerveja em Berlim, um vinho em Florença, uma tequila no México, um espumante em Paris, participamos da Festa da Cerveja, em Munique, um bacalhau no Porto, regado ao vinho mais famoso do mundo, que leva o nome da cidade portuguesa, uma Paella em Valência, na Espanha, que é servida sem frutos do mar, Motta prefere a de Sevilla justamente por ter as iguarias retiradas do mar espanhol.
Alguém lembro das valsas vienenses, ouvidas nos bosques de Viena ou a beira do Danúbio? Sim, é belo e magnificamente emocionante. Que tal uma tarantela em Nápoles, na Itália, ouvir as ciganas espanholas tilintar as castanholas, em Barcelona ou as mulheres guerreiras de Lisboa cantando um fado a beira do Rio Tejo?
Viajar é conhecer o passado e preparar uma vida mais gostosa no futuro, dizem, lá na CVC, que viajar é ter assunto para o resto da vida, "mude de assunto faça outra viagem", diz o slogan da operadora de turismo. Vou nesta onda viajando e conversando pelas mesas de bares e pelas esquinas onde encontro um outro maluco por viagens como eu.
Jogar uma moeda na Fontana de Trevi, andar pelo bairro romântico de Trastevere, em Roma, é tão gostoso e bonito quanto andar pela Boca, em Buenos Aires, como um jantar no Água Para Chocolate, em Santiago do Chile, onde o romantismo chegou, parou e não pediu licença.
Pegar um barco no Porto Madeiro e andar pelo Rio da Plata pode não ser tão romântico como andar pelo Rio Sena, jantar a bordo de um Bateaux Mouche, mas é tão marcante quando navegar pelo Rio Reno entre Colônia e Frankfurt ou passear ouvindo valsas pelo Rio Danúbio, em Budapeste.
Inesquecíveis cruzeiros fluviais e que se forem registrados em pequenos filmes nos celulares ou máquinas fotográficas ficará para sempre na nossa memória e nos chips dos computadores.
Se nos Andes ou nos Alpes o passeio nas Cordilheiras foi tranquilo você não sabe o que é o Montes Tartas, na divisa da Esolováquia com a Polônia, lá nas alturas a neve nos oferece um espetáculo jamais visto por estes olhos famintos de cultura e história, e que me ofereceu momentos que nunca mais deixarei de pensar.
Júnior, mais novo e mais audacioso, fala de Nice e Mônaco e logo me vem a cabeça a beleza do Mediterrâneo, a passagem por Latina, nas proximidades de Roma, que pode não ser como as belas cidades da Cotè D'azur, na França, onde os iates fazem fila para ancorar e os milionários se misturam com simples turistas, como nós, nas mesas de canapés e vinho brancos ou tinto.
E tradição mesmo a gente vê em Londres, o Big Ben, a Tower Bridge, que de longe são vistas e fotografadas, se misturam com a modernidade da London Eye, a maior roda gigante do planeta na qual não tive coragem de subir para ver o Tâmisa imponente, mas tive o prazer de ver a troca de guardas do Castelo de Buckingham, que só perde, na minha opinião, em beleza para o Portão de Bradenburg, em
Berlim ou em tradição mais recente para o Muro de Berlim.
Viajar é preciso e contar histórias é necessidade, não há uma roda de viajeiros ou andarilhos que não seja repleta de homens felizes e orgulhosos de suas aventuras.
Faça planos, faça projetos, faça suas malas e BOA VIAGEM!
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