Ainda há esperança: Carlinhos e Duda estão por aí

O nosso basquete, que tinha como grande referência o trabalho do professor Nézio e suas "Ferinhas" e, mais recentemente do título estadual do Bola Laranja e do sucesso nacional e internacional de Micaela Jacinto, agora Miracema se firma no estado como celeiro de craques e o maior ganhador de títulos das categorias de base do basquete feminino do Rio de Janeiro, tudo isto graças a dedicação e empenho de um cara que admiro muito e confio no seu potencial, o professor Carlinhos Bessa.
E nosso lado cultural, como anda? Aqui também houve mudanças de paradigmas, o Duda Fíngolo Tostes chegou com a grande responsabilidade de substituir um cara, que reputo ser um grande mestre da cultura da cidade, Marcelo Martino. Duda começou de mansinho, buscando acertar os ponteiros e procurando apoio, e... de repente, explodiu com seu talento nato e mostrou para a cidade o que é capaz de fazer com pouco recurso e com muita inteligência.
Miracema entrou no mapa cultural do Estado graças ao Duda, transpôs o Atlântico e foi mostrar o que temos e que podemos ter na Argentina, busca levar a cultura e nossas tradições a todos os eventos nacionais e ganhou o carinho e o respeito da cidade com trabalho e dedicação, como nosso outro personagem da coluna de hoje, Carlinhos Bessa.
Me dá alegria, me dá prazer esta mudança de assunto do nosso papo de hoje, deixo de lado os causos da bola, deixo de falar de nossos ídolos do passado e narro um momento atual de nossa Miracema, que todos pensam estar estagnada e "morta" para o esporte e para a cultura, e, quando aparecem estes monstros, isto mesmo, Carlinhos e Duda são nossos "monstros sagrados" modernos e nos enche de orgulho e de certeza de que nem tudo está perdido na nossa Miracema.
Como sempre tem que haver um porém, só espero que os mandatários da cidade não confundam o esporte e a cultura com política e não exijam destes dois modelos de cidadãos comprometimento partidário ou político em próximas eleições e que eles, Duda e Carlinhos, não se envolvam em campanhas para que o futuro de centenas ou milhares de jovens, que acreditam que terão futuro no basquete ou na arte, não percam, em breve, as suas referências.
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