E o bloco, já está nas ruas?
Gosto destes dias de chuva fina, temperatura amena e, como não tenho outra coisa a fazer, fico aqui dedilhando no laptop a espera da inspiração para um dedo de prosa com meus amigos dos blogs.
Vésperas de carnaval é um período propício para uma crônica musical, isto mesmo, porque sobre o dito cujo, lá na terrinha, eu já cansei de falar bem e mal neste período que convivo com vocês aqui no nosso cantinho.
José Nunes da Fonseca, baita jornalista campista e um dos meus gurus na cidade, me conta, com o auxilio luxuoso do Eraldo Bento, que por aqui, principalmente no Automóvel Clube Fluminense, os bailes matinês e noturnos eram sensacionais e tão gostoso de brincar quanto aqueles aí do Aero Clube de Miracema.

O centro de Guarapari, já contei aqui em uma crônica especial, revive as belas marchinhas e os bons sambas nas suas noites de carnaval, e com isto ganha a presença de milhares de turistas, ávidos por ver renascer uma tradição, mas também encontra o novo, o adversário principal, que levados por jovens sem formação carnavalescas, lotam os bares com estes funks, axés e pagodes mela cueca, que agora chamam de sertanejo universitário.
Ouro Preto é berço do tradicional carnaval, aliás aquele canto de Minas Gerais não deixa o carnaval morrer e fazem de tudo para impedir a entrada desta praga chamada música baiana durante o período de Momo. Outras cidades estão fazendo o mesmo e, tentando recrutar turistas, fazem este tipo de festa e abrem as portas da verdadeira folia para os verdadeiros foliões.
Me convidaram para passar o carnaval em Conservatória, que para muitos é o que há de melhor em todo país, mas vou conferir o que farão lá na minha terrinha, as irmãs Eliane, Teresa, Celeste e Patrícia dizem que será muito bom e que a prefeitura promete botar o bloco na rua e reviver os bons carnavais dos anos de ouro.
Não precisa ser muito, apenas impedir o funk no chamado “beco do inferno”, não deixar a multidão de funkeiros invadir a Rua Direita e exigir que os músicos contratados saibam tocar pelo menos duas dúzias de marchinhas e sambas para animar a festa. O resta a turma da velha guarda garante no gogó.
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