O reencontro das Meninas de Miracema e seus amigos

Como minha praia é o futebol eu poderia começar a crônica sobre a festa das Meninas de Miracema e seus amigos escalando uma seleção, uma seleção de meninas maravilhosas, organizadas e dispostas a reviver um tempo vivido com intensidade, porém, tem sempre um porém, se começar a escalar o time vou cometer as mesmas injustiças de Mano Menezes, técnico da seleção brasileira, que sempre deixa um ou dois preferidos e amados da galera de fora da lista. 

Assim, como não quero ser crucificado como o técnico da CBF, prefiro render loas as irmãs Kátia e Tânia, que fizeram de tudo para que este evento ficasse marcado na memória de todos os participantes, inclusive com perspectivas de um novo encontro no próximo ano, que promete ser muito mais interessante. 

Cheguei a terrinha por volta do meio dia, de sexta-feira, e meu organograma de visita foi totalmente cumprido e executado na íntegra, a começar pela prosa no Snob’s, logo na chegada, com Elcier e José, onde fluiu papo sobre o futebol brasileiro, as peladas e os tempos vividos nos campos de grama ou nas quadras de cimento, passamos até pela política atual, mas sem entrar muito em detalhes porque o assunto não é a nossa praia. 

A Kiskina bombava e a rapaziada,que chegava a cidade para aproveitar o ferido esticado, já se organizava em grupos e lá estavam minhas irmãs, Patrícia e Celeste, para providenciar a compra das camisas/convite para o Encontro das Meninas de Miracema e seus amigos. Uma cerveja gelada, para descontrair e a lição sobre o que iria acontecer e lá fomos nós em busca dos amigos distantes ou presentes que por ventura estivesse na cidade. 

A sexta-feira foi ó primeiro daqueles dois dias inesquecíveis, a música, um capítulo a parte, lá no Espaço Cultural do Clube XV, foi maravilhosa e determinante para que a energia do corpo voltasse a dar ritmo a este sessentão usado, mas não gasto, que entrou na dança com força e com vontade. 

Começou com a Academia do Chora, ufa... Finalmente consegui ver um show completo da turma, e, no meu ponto de vista, o ponto alto da abertura, o espetacular grupo liderado por Dani Marques, chegado de Niterói para abrilhantar a festa. Jazz, blues, boleros, MPB clássica e Beth Bruno, como é bom ouvir Beth Bruno, ditando cátedras com sua voz maviosa, afinada e com um repertório de deixar fã de boca aberta espantado com o que via e ouvia da intérprete que hoje faz sucesso nos Estados Unidos e não tem vez na terra dos músicos protegidos por gravadoras interessadas no sucesso momentâneo e no lucro fácil. 

Como diz Paulo Diniz: “Um chope prá distrair”, e lá fomos nós para um casamento prá distrair. Um abraço no mano, não o Menezes, mas o Fernando Nascimento, que celebrava o casamento de sua filha Flávia e o encontro com outros amigos, de minha geração, lá no Sítio do Bode, marcou ainda mais a minha passagem pela terrinha neste feriadão dedicado a Nossa Senhora Aparecida. 

 Churrasco lá no Green Park e mais emoções contidas e sentidas por este coração safenado e feliz. Papo de bola com os tricolores, ainda extasiados com o possível título, com amigos saudosos, uns que não via há algum tempo e outros que só encontro nas páginas do Facebook ou Twitteer.

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