Porque vou a Expo Mira 2010

Não precisam pedir um, dois, três ou dez motivos para ir a Miracema na próxima sexta-feira. Não precisam argumentos para me convencer visitar Miracema na próxima Exposição Agropecuária e Industrial do Município. Não é preciso convites oficiais ou de amigos para me levar até o recinto da Expo-2010 ou até as barracas montadas pela turma da Maçonaria, comerciantes individuais ou empresas especializadas.

Tenho a programação pronta, chego na sexta-feira a tempo de participar da entrega de comendas e títulos de cidadania, honra ao mérito ou personalidades do ano. Gosto de ouvir o que os conterrâneos têm a dizer. Gosto de ouvir a Banda Sete tocar nosso hino, e de quando em vez chego às lágrimas. Gosto de ver os meus contemporâneos de terno e gravata, eu não agüento cinco minutos neste traje de luxo, mas admiro os que ficam elegantes dentro desta roupa.

Gosto de me sentar próximo àqueles mais antigos, como meu eterno guru Jofre Geraldo Salim, de ver o trabalho da Cremilda Azevedo Tostes, sempre dinâmica na assessoria dos edis e na coordenação das festividades. Gosto de um pouco de tudo o que vejo e ouço nestas solenidades. Tem gente que abomina estes eventos, às vezes chatos e arrastados, mas os de Miracema têm um quê especial e eu gosto de estar por lá e nem ligo para o que fala a turma do contra.

Sentar à mesa da Kiskina, de cara prá rua, a espera de um transeunte conhecido e distante é bom demais. Passam por ali aquelas figuras maravilhosas e amigas, como o Dodote Neiva, que sempre aparece por lá, o Luis do Eudoxio, o famoso Naipe, o João Batista Oliveira Alves, que na intimidade chamados de João do Ulisses. Aliás, ele responde com orgulho, é muito fácil ter orgulho de ser filho do professor Ulisses Alves, cuja saudade bate no peito como aquela que sinto de Dona Mariza Lima, minha professora de matemática.

É bonito, e porque não dizer magnificamente lindo ver o desfile cívico militar do dia 3 de maio, quando me desabo definitivamente ao ver o Prudente de Moraes, o Nossa Senhora das Graças e o Colégio Miracemense passarem garbosamente pela Marechal Floriano. Só isto me bastaria para ir a Miracema durante o aniversário de sua emancipação política e administrativa.

Quem quer mais um motivo para eu, ou você, visitarmos Miracema neste período? Enumero um punhado e até mesmo decifro enigmas para convencer você, amigo velho ou velho amigo, a dar um pulinho até a Princesinha do Norte neste dias de festa.

Não vou falar que deve levar seu filho, ou neto, estamos mais para o segundo na atual realidade, ao Parque de Diversões que será armado ali perto do Colégio Estadual, mas pela manhã aconselho você a dar uma chegada ao jardim e curtir aqueles velhos e bons momentos que vivemos no parquinho construído naquele mais belo cartão postal da cidade. É ou não um ótimo convite?

Então amigo, se te convenci a não ir ao carnaval, quando tudo seria repetitivo e sem o glamour dos carnavais antigos, creio que hoje te passei um pouco do que sinto com relação a nossa quase cinqüentenária Exposição Agropecuária de Miracema, afinal somos movidos pela saudade e pelo amor a terra em que nascemos. Não há dias melhores que estes para rever os grandes amigos e os ilustres desconhecidos que sempre nos visitam neste período.

Tá certo, vamos receber um punhado de candidatos ou pré candidatos aos cargos eletivos de outubro, que farão de tudo, inclusive as antigas promessas, e baterão às suas costas como grandes amigos. Esqueça e passe batido e faça disto uma diversão a parte. Fuja dos apertos de mãos inconvenientes e fora de propósito, mas não fuja do compromisso de me dar um abraço lá na Barraca do Dadinho ou na Barraca do Bode ou até mesmo na Kiskina ou no Bar do Amaury, onde estarei sempre disponível.

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