DOMINGO É DIA TORCER PELA BOLA

Agora, que as noticias do interior fluminense estão escasseando, resta apenas esta descartável Copa Rio, que a mim não chama a atenção, e o Campeonato Campista, que não tem a presença anunciada do trio de ferro. Então, conforme o combinado, a prioridade é o futebol regional e como já escrevi a coluna de sexta falando dos municipais, decidi, espera aí, não está ficando legal este negócio de só eu decidir, espero contribuições, mas está decidido: Vou traçar paralelos do futebol de hoje com o de alguns anos passados, quando meu pai – ou seria o meu avô? – dizia. “Futebol bom era o jogado no meu tempo”. Quem não ouviu esta frase por aí? “Hoje só tem perna-de-pau”, seria outra frase tão divulgada como aquela de que futebol é uma caixinha de surpresas.
Ouço, dos mais experientes como Nunes da Fonseca, Santafé, Sérgio Tinoco, Pessanha Filho, Josélio Rocha ou Walace Oliveira, histórias de sucessos e fracassos dos mitos e das lendas do futebol campista e brasileiro. Ouço jogos de palavras, que são parte do brasileiro amante do futebol, e faço a sincronia destas com os dribles e chutes certeiros, sabendo que o alvo é um só, o futebol mecânico jogado nos dias de hoje. Todos nós, inclusive você meu caro leitor, tem um golaço na memória, mas o meu será sempre o mais bonito, creio que é assim que pensam os torcedores brasileiros.
Nos tempos do meu pai, também do meu avô, o futebol tinha uma incrível simetria, até o tiro imperfeito poderia ter a direção da rede adversária. Você já viu apenas boa intenção em um chute? Claro que não, as vezes o cara chuta a ermo para se livrar da bola, pois seu domínio não é cem por cento perfeito, e gorduchinha toma a direção do gol e entra de forma tão magnífica que Jorge Curi, Aloísio Parente, Valdir Amaral narrariam em brado forte com um grito de GOLAÇO. O resto iria pensar como Nelson Rodrigues, que forças ocultas fizeram à pelota tomar uma direção oposta daquela que o chute impôs e foi morrer mansamente ou fortemente, no gol do goleiro apavorado.
Todo torcedor é um craque, já dizia meu guru Luiz Mário Concebida, e não há um que não pegue a camisa de seu time, desgastada pelo tempo, o manto sagrado preferido e vai à direção do terrão ou do campo de grama rala para exibir seus dotes de craque, mas a bola nem sempre é amiga e em algumas vezes deixa o dito craque em situação embaraçosa. Quantas alegrias e frustrações ela já tinha acompanhado comigo? E nas decisões, como a de hoje para os finalistas da Taça Rio, quantas decepções e quantas alegrias o velho e o novo torcedor já as tiveram? A bola, bem a bola nem sempre é uma amiga leal, toma sempre rumos opostos àquele que planejamos.
Velha companheira, jamais me traiu ou abandonou nos momentos mais difíceis. Hoje, estaremos juntos novamente e vamos sofrer... Não, novamente errado. Nada mais comum: os sentimentos que cercam o torcedor antes de uma partida decisiva para o seu time. Quanto mais tentamos enobrecer alguma mensagem, parece que mais previsível e descartável ela fica. Nessa hora eu me sinto como aqueles técnicos que sempre utilizam o mesmo esquema tático e cometem os mesmos erros idiotas.
E quando são homenageados pela torcida, sentem-se injustiçados e dizem que não são reconhecidos por todo o seu trabalho naquele clube até o momento. É o famigerado “burro”. Sim, eu me sinto dessa forma.
O treinador cego que não enxerga nem o campo que está na sua frente, o centroavante grosso que perde um gol embaixo da meta (sim, porque esse tipo consegue fazer sempre o mais difícil: perder chances claras), o goleiro frangueiro que deixa passar as bolas fáceis e difíceis... Não sei o que fazer. Aliás, talvez eu saiba.
NGO É DIA TORCER PELA BOLA
Agora, que as noticias do interior fluminense estão escasseando, resta apenas esta descartável Copa Rio, que a mim não chama a atenção, e o Campeonato Campista, que não tem a presença anunciada do trio de ferro. Então, conforme o combinado, a prioridade é o futebol regional e como já escrevi a coluna de sexta falando dos municipais, decidi, espera aí, não está ficando legal este negócio de só eu decidir, espero contribuições, mas está decidido: Vou traçar paralelos do futebol de hoje com o de alguns anos passados, quando meu pai – ou seria o meu avô? – dizia. “Futebol bom era o jogado no meu tempo”. Quem não ouviu esta frase por aí? “Hoje só tem perna-de-pau”, seria outra frase tão divulgada como aquela de que futebol é uma caixinha de surpresas.
Ouço, dos mais experientes como Nunes da Fonseca, Santafé, Sérgio Tinoco, Pessanha Filho, Josélio Rocha ou Walace Oliveira, histórias de sucessos e fracassos dos mitos e das lendas do futebol campista e brasileiro. Ouço jogos de palavras, que são parte do brasileiro amante do futebol, e faço a sincronia destas com os dribles e chutes certeiros, sabendo que o alvo é um só, o futebol mecânico jogado nos dias de hoje. Todos nós, inclusive você meu caro leitor, tem um golaço na memória, mas o meu será sempre o mais bonito, creio que é assim que pensam os torcedores brasileiros.
Nos tempos do meu pai, também do meu avô, o futebol tinha uma incrível simetria, até o tiro imperfeito poderia ter a direção da rede adversária. Você já viu apenas boa intenção em um chute? Claro que não, as vezes o cara chuta a ermo para se livrar da bola, pois seu domínio não é cem por cento perfeito, e gorduchinha toma a direção do gol e entra de forma tão magnífica que Jorge Curi, Aloísio Parente, Valdir Amaral narrariam em brado forte com um grito de GOLAÇO. O resto iria pensar como Nelson Rodrigues, que forças ocultas fizeram à pelota tomar uma direção oposta daquela que o chute impôs e foi morrer mansamente ou fortemente, no gol do goleiro apavorado.
Todo torcedor é um craque, já dizia meu guru Luiz Mário Concebida, e não há um que não pegue a camisa de seu time, desgastada pelo tempo, o manto sagrado preferido e vai à direção do terrão ou do campo de grama rala para exibir seus dotes de craque, mas a bola nem sempre é amiga e em algumas vezes deixa o dito craque em situação embaraçosa. Quantas alegrias e frustrações ela já tinha acompanhado comigo? E nas decisões, como a de hoje para os finalistas da Taça Rio, quantas decepções e quantas alegrias o velho e o novo torcedor já as tiveram? A bola, bem a bola nem sempre é uma amiga leal, toma sempre rumos opostos àquele que planejamos.
Velha companheira, jamais me traiu ou abandonou nos momentos mais difíceis. Hoje, estaremos juntos novamente e vamos sofrer... Não, novamente errado. Nada mais comum: os sentimentos que cercam o torcedor antes de uma partida decisiva para o seu time. Quanto mais tentamos enobrecer alguma mensagem, parece que mais previsível e descartável ela fica. Nessa hora eu me sinto como aqueles técnicos que sempre utilizam o mesmo esquema tático e cometem os mesmos erros idiotas.
E quando são homenageados pela torcida, sentem-se injustiçados e dizem que não são reconhecidos por todo o seu trabalho naquele clube até o momento. É o famigerado “burro”. Sim, eu me sinto dessa forma.
O treinador cego que não enxerga nem o campo que está na sua frente, o centroavante grosso que perde um gol embaixo da meta (sim, porque esse tipo consegue fazer sempre o mais difícil: perder chances claras), o goleiro frangueiro que deixa passar as bolas fáceis e difíceis... Não sei o que fazer. Aliás, talvez eu saiba.

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