COPA DE 90 - A PIOR COPA DOS TEMPOS MODERNOS
A Copa da Itália, em 90, parecia ter sido feita exclusivamente para Maradona brilhar intensamente. O argentino, ídolo no país da bota, vivia a melhor fase de sua vida jogando no Nápoles. Ídolo em todo o país, Maradona pensava ter o apoio de todos os italianos. Engano total. O gringo foi vaiado pelos “compatriotas’ e, momento raro, só recebeu aplausos na vitória sobre o Brasil, com aquele gol de Cannigia que ainda está entalado na garganta de muitos brasileiros, alguns tiraram o entalo na Copa de 94 nos Estados Unidos."
O Brasil teve um desempenho decepcionante. Sob o comando de Sebastião Lazaroni, que adotou o esquema com três zagueiros, a equipe venceu Suécia, Costa Rica e Escócia sem jogar bem. E quando atuou melhor, um lance genial de Maradona e a conclusão de Cannigia eliminou a equipe da competição.
Muitos brasileiros viram a copa nos estádios italianos. Meu amigo Solon, velho jornalista e meu guru eterno, tem muitas histórias sobre esta passagem pela Velha Bota. “Foi a Copa dos belos passeios. Quem tinha criatividade ou grana no bolso, fez turismo de verdade. Eu, com o suficiente para passar vinte dias rodando atrás da seleção brasileira, aproveitei a boa vontade de um casal paulista cuja mulher, maravilhosa, tinha sempre um programa pronto, viajei por todos os cantos da Itália”, conta o bom companheiro Solon.
“Fizemos um passeio em Veneza, que lugar maravilhoso meu caro Dutra, fomos jantar em um restaurante chique. Madame Vanusa, vamos chamá-la assim, gostou de um garçom francês, foi a nossa sorte. O cara também gostou da madame e, pobre Januário, pagaria a conta desde que a patroa tirasse umas fotos com ele em uma gôndola. Os dois saíram, com aquiescência do marido, e voltaram quase uma hora depois, quando já havíamos tomado um punhado de vinhos e comido bons quitutes da culinária italiana. A conta? O garçom não deixou ninguém pagar”.
Sobre o futebol nada a acrescentar. Foi um dos piores campeonatos do mundo de todos os tempos. Os números também comprovam o baixo nível técnico e a pouca disposição ofensiva mostrados pelas 24 seleções. A média de 2,21 gols por jogo foi a menor da história das Copas. Além disso, as duas semifinais foram definidas nos pênaltis.
Nem mesmo as seleções tradicionalmente mais ofensivas, como Brasil e Argentina, mostraram bom futebol. A equipe brasileira, sob o comando de Sebastião Lazaroni, quis imitar o estilo europeu, com líbero e alas em vez de laterais. O resultado foi desastroso. Sem criatividade no meio-campo, o Brasil perdeu poder ofensivo e acabou eliminado nas oitavas-de-final pela eterna rival Argentina. Foi a pior participação brasileira desde 1966.
No dia do jogo contra a Argentina, em Turim, quando o Brasil foi eliminado, nosso personagem teve problemas com um motorista de táxi. “Nós vínhamos de uma visita à fábrica de automóveis Fiat, que fica nos arredores de Turim. Nosso motorista acreditou que éramos ricos e praticamente forçou um seqüestro relâmpago. Mais uma vez fomos salvos pela esposa do Januário, que desceu do carro e ameaçou fazer um escândalo caso o motorista não nos liberasse, segundo Madame Vanusa ele não estava armado. Ela tirou a roupa e ficou seminua na auto estrada e um carro de polícia parou por ali e nos livrou daquele taxista safado”.
Voltando à Copa, que teve a Alemanha como campeã, o terceiro título alemão, a única equipe que brilhou em 1990 foi a de Camarões. Sem grandes pretensões, os africanos surpreenderam o mundo ao baterem os campeões logo na estréia com um futebol aberto e ofensivo. Comandados pelo veterano Roger Milla, autor de quatro gols no torneio, alcançaram as quartas-de-final. Foram eliminados pela Inglaterra apenas na prorrogação
O Brasil teve um desempenho decepcionante. Sob o comando de Sebastião Lazaroni, que adotou o esquema com três zagueiros, a equipe venceu Suécia, Costa Rica e Escócia sem jogar bem. E quando atuou melhor, um lance genial de Maradona e a conclusão de Cannigia eliminou a equipe da competição.
Muitos brasileiros viram a copa nos estádios italianos. Meu amigo Solon, velho jornalista e meu guru eterno, tem muitas histórias sobre esta passagem pela Velha Bota. “Foi a Copa dos belos passeios. Quem tinha criatividade ou grana no bolso, fez turismo de verdade. Eu, com o suficiente para passar vinte dias rodando atrás da seleção brasileira, aproveitei a boa vontade de um casal paulista cuja mulher, maravilhosa, tinha sempre um programa pronto, viajei por todos os cantos da Itália”, conta o bom companheiro Solon.
“Fizemos um passeio em Veneza, que lugar maravilhoso meu caro Dutra, fomos jantar em um restaurante chique. Madame Vanusa, vamos chamá-la assim, gostou de um garçom francês, foi a nossa sorte. O cara também gostou da madame e, pobre Januário, pagaria a conta desde que a patroa tirasse umas fotos com ele em uma gôndola. Os dois saíram, com aquiescência do marido, e voltaram quase uma hora depois, quando já havíamos tomado um punhado de vinhos e comido bons quitutes da culinária italiana. A conta? O garçom não deixou ninguém pagar”.
Sobre o futebol nada a acrescentar. Foi um dos piores campeonatos do mundo de todos os tempos. Os números também comprovam o baixo nível técnico e a pouca disposição ofensiva mostrados pelas 24 seleções. A média de 2,21 gols por jogo foi a menor da história das Copas. Além disso, as duas semifinais foram definidas nos pênaltis.
Nem mesmo as seleções tradicionalmente mais ofensivas, como Brasil e Argentina, mostraram bom futebol. A equipe brasileira, sob o comando de Sebastião Lazaroni, quis imitar o estilo europeu, com líbero e alas em vez de laterais. O resultado foi desastroso. Sem criatividade no meio-campo, o Brasil perdeu poder ofensivo e acabou eliminado nas oitavas-de-final pela eterna rival Argentina. Foi a pior participação brasileira desde 1966.
No dia do jogo contra a Argentina, em Turim, quando o Brasil foi eliminado, nosso personagem teve problemas com um motorista de táxi. “Nós vínhamos de uma visita à fábrica de automóveis Fiat, que fica nos arredores de Turim. Nosso motorista acreditou que éramos ricos e praticamente forçou um seqüestro relâmpago. Mais uma vez fomos salvos pela esposa do Januário, que desceu do carro e ameaçou fazer um escândalo caso o motorista não nos liberasse, segundo Madame Vanusa ele não estava armado. Ela tirou a roupa e ficou seminua na auto estrada e um carro de polícia parou por ali e nos livrou daquele taxista safado”.
Voltando à Copa, que teve a Alemanha como campeã, o terceiro título alemão, a única equipe que brilhou em 1990 foi a de Camarões. Sem grandes pretensões, os africanos surpreenderam o mundo ao baterem os campeões logo na estréia com um futebol aberto e ofensivo. Comandados pelo veterano Roger Milla, autor de quatro gols no torneio, alcançaram as quartas-de-final. Foram eliminados pela Inglaterra apenas na prorrogação
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