COPA 82 – DO VOA CANARINHO AO CHORO NA CALÇADA
A Copa da Espanha foi mágica e provocativa. A magia fica por conta do futebol do time brasileiro, a provocação ficou a cargo dos italianos, que em um momento de sorte sacaram dos brasileiros a oportunidade de ver um de seus melhores times erguer a Copa do Mundo e dar a volta olímpica como fizera a geração 70. Sei que o futebol é ingrato, mas vivemos um momento especial naqueles vinte e poucos dias de competição. Fomos da alegria, como cantar o Voa Canarinho, música que o craque Júnior gravou e servia de pano de fundo para as vitórias do Brasil, à decepção, representada pelo choro de pai e filho, o escriba aqui e o Ralph, no meio fio da calçada da Rua João Pessoa lá na Santa Terrinha.
A seleção de Zico, Sócrates e Falcão mereceu um destaque à parte. Após boas vitórias e um futebol extremamente convincente, o time virou unanimidade na crítica internacional,franco favorito ao título. Mas perdeu para a Itália por 3 a 2 (com três gols do artilheiro Paolo Rossi) e foi eliminado. Tá certo, isto todos nós sabemos e não há explicações para o caso.
Mas, mesmo assim vou relembrar o episódio que ficou conhecido como "Tragédia do Sarriá". O Brasil apresentava um futebol encantador. A Itália, pelo contrário, mostrava um jogo feio e havia encontrado dificuldades para se classificar (com três empates na primeira fase). Parecia que a Azzurra seria apenas uma mera formalidade para a equipe de Telê Santana. Ninguém contava, porém, que o atacante Paolo Rossi - que havia sido suspenso em seu país por envolvimento num esquema para forjar resultados - estaria numa tarde inspirada. O carrasco abriu o placar aos cinco minutos. Sócrates empatou, mas Rossi ampliou após uma falha de Cerezo. O próprio Cerezo se redimiu e fez linda jogada para o gol de Falcão. Mas Rossi fez mais um. No fim, o goleiro italiano Dino Zoff fez, segundo suas próprias palavras, a defesa mais importante de sua vida, ao evitar um gol de Oscar em cima da linha
Para os brasileiros, a Copa de 1982 vai ficar marcada para sempre como uma grande frustração. O esquadrão montado pelo técnico Telê Santana era recheado de craques, sendo comparado por muitos ao time tricampeão doze anos antes.
Mas, como o futebol é imprevisível, dentro de campo a força superou a arte. Brasil e França, que maravilharam os espectadores com a plasticidade de suas jogadas, dribles e toques, foram superados por Itália e Alemanha Ocidental, que tinham como maiores armas em campo a força física, a disciplina tática e a rigidez na marcação.
Era a reta final para a brilhante geração brasileira. A Itália tinha o caminho aberto para a decisão e passou pela Polônia por 2x0 nas semifinais. No outro confronto, Alemanha Ocidental e França fizeram um dos maiores jogos da história de todas as copas, eu revi este jogo dias atrás, pude comprovar que aquele 82 não era dos grandes craques, a França ficou de fora, fato que amenizou um pouco o sofrimento do time brasileiro, pois viu cair por terra o sonho de um grande time de futebol comandados pelo craque Platini.
Este jogo, Alemanha e França, 1x1 no tempo normal e 2x2 na prorrogação, foi decidido nas cobranças de penalidades máximas e vencido pelos alemães ocidentais pelo placar de 5x4, com isto se classificaram para o jogo final contra os italianos. No jogo final, um dos mais fracos de todos os tempos, a Itália bateu os combalidos alemães por 3x1 e conquistaram o terceiro título mundial.
Esta copa foi um marco para a Fifa, ainda dirigida pelo brasileiro João Havelange, que fazia da política o grande trunfo para o sucesso de sua administração. Assim, em termos reais, a Copa da Espanha significou um aumento de 50% no número de países participantes na fase final (de 16 para 24 nações). Seis destas novas vagas foram para os países com o futebol em desenvolvimento: duas para África, duas para a Concacaf e duas para os representantes da Ásia.
Cada um dos seis grupos classificaria duas seleções para a segunda fase, que teria quatro grupos de três equipes cada. A melhor de cada chave passaria às semifinais.
Os maiores beneficiados com o inchaço foram a África, que ganhou uma vaga a mais, e a chave Ásia/Oceania, que também levaria uma seleção a mais.
A seleção de Zico, Sócrates e Falcão mereceu um destaque à parte. Após boas vitórias e um futebol extremamente convincente, o time virou unanimidade na crítica internacional,franco favorito ao título. Mas perdeu para a Itália por 3 a 2 (com três gols do artilheiro Paolo Rossi) e foi eliminado. Tá certo, isto todos nós sabemos e não há explicações para o caso.
Mas, mesmo assim vou relembrar o episódio que ficou conhecido como "Tragédia do Sarriá". O Brasil apresentava um futebol encantador. A Itália, pelo contrário, mostrava um jogo feio e havia encontrado dificuldades para se classificar (com três empates na primeira fase). Parecia que a Azzurra seria apenas uma mera formalidade para a equipe de Telê Santana. Ninguém contava, porém, que o atacante Paolo Rossi - que havia sido suspenso em seu país por envolvimento num esquema para forjar resultados - estaria numa tarde inspirada. O carrasco abriu o placar aos cinco minutos. Sócrates empatou, mas Rossi ampliou após uma falha de Cerezo. O próprio Cerezo se redimiu e fez linda jogada para o gol de Falcão. Mas Rossi fez mais um. No fim, o goleiro italiano Dino Zoff fez, segundo suas próprias palavras, a defesa mais importante de sua vida, ao evitar um gol de Oscar em cima da linha
Para os brasileiros, a Copa de 1982 vai ficar marcada para sempre como uma grande frustração. O esquadrão montado pelo técnico Telê Santana era recheado de craques, sendo comparado por muitos ao time tricampeão doze anos antes.
Mas, como o futebol é imprevisível, dentro de campo a força superou a arte. Brasil e França, que maravilharam os espectadores com a plasticidade de suas jogadas, dribles e toques, foram superados por Itália e Alemanha Ocidental, que tinham como maiores armas em campo a força física, a disciplina tática e a rigidez na marcação.
Era a reta final para a brilhante geração brasileira. A Itália tinha o caminho aberto para a decisão e passou pela Polônia por 2x0 nas semifinais. No outro confronto, Alemanha Ocidental e França fizeram um dos maiores jogos da história de todas as copas, eu revi este jogo dias atrás, pude comprovar que aquele 82 não era dos grandes craques, a França ficou de fora, fato que amenizou um pouco o sofrimento do time brasileiro, pois viu cair por terra o sonho de um grande time de futebol comandados pelo craque Platini.
Este jogo, Alemanha e França, 1x1 no tempo normal e 2x2 na prorrogação, foi decidido nas cobranças de penalidades máximas e vencido pelos alemães ocidentais pelo placar de 5x4, com isto se classificaram para o jogo final contra os italianos. No jogo final, um dos mais fracos de todos os tempos, a Itália bateu os combalidos alemães por 3x1 e conquistaram o terceiro título mundial.
Esta copa foi um marco para a Fifa, ainda dirigida pelo brasileiro João Havelange, que fazia da política o grande trunfo para o sucesso de sua administração. Assim, em termos reais, a Copa da Espanha significou um aumento de 50% no número de países participantes na fase final (de 16 para 24 nações). Seis destas novas vagas foram para os países com o futebol em desenvolvimento: duas para África, duas para a Concacaf e duas para os representantes da Ásia.
Cada um dos seis grupos classificaria duas seleções para a segunda fase, que teria quatro grupos de três equipes cada. A melhor de cada chave passaria às semifinais.
Os maiores beneficiados com o inchaço foram a África, que ganhou uma vaga a mais, e a chave Ásia/Oceania, que também levaria uma seleção a mais.
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