Maranhão em bom lençõis - O Passeio


Barreirinhas é uma cidade que acreditei ser pequeno povoado, me enganei, é uma cidade de porte médio, com  aproximadamente setenta mil habitantes, e com uma estrutura para o turista de alto nível, sua orla do Rio Preguiça é bem aproveitada e as noites são deliciosas para quem curte a gastronomia e a boa música, inclusive as internacionais dos anos 1970 e as regionais e a comida não deixa ninguém aborrecido, jantamos em pelo menos três lugares e o atendimento é nota 10 em todos eles, assim como a comida dos restaurantes que visitamos. 

Mas o que nos encantou e que, tenho certeza, encantará você que pretende conhecer os Lençóis Maranhenses, é o lugar propriamente dito, eu, sinceramente, não vejo palavras para descrever a beleza das dunas, dos lagos e da região que leva este nome, indescritível, talvez as fotos mostram alguma coisa melhor do que meu relato por aqui, que é movido a emoção e a paixão que tive pelo local.

No primeiro dia percorremos doze quilômetros, de barco, o famoso Macaquinho 1, pelo Rio Preguiça, que cenário espetacular, até chegar a Vassoura, onde você convive com os macaquinhos, um deles resolveu fazer do meu ombro a sua poltrona, baita susto, e roubou o doce do Gervásio com pulo inteligente e depois zoou o amigo lá de sua poltrona na árvore, isto ilustra um pouco o lugar bucólico que foi a nossa primeira parada do passeio de seis horas por ali. Ah! A viagem de ida, em camionete 4x4, é desconfortável mas o cenário te dá chance de nem sentir os solavancos provocados pelas "costelas" da estrada. 

Se houve solavancos, houve momentos maravilhosos na travessias dos riachos, como nos filmes de faroeste quanto as carroças passam por rios com a maior tranquilidade, e isto faz com que fiquemos atentos ao passeio e nem conversar nos faz falta. Realmente uma aventura, de pequeno perigo, para quem chega. 

E chegamos Lagoa Azul após subirmos 147 degraus de uma escada nas dunas, o medo inicial se transformou em alegria porque nada daquilo que temíamos, o esgotamento físico, aconteceu, subimos numa boa e o que encontramos lá no alto nos fez esquecer da estrada, da subida e de toda a viagem do dia anterior. Realmente um espetáculo, como disse, na postagem anterior, indescritível, daqueles que só vendo de perto ou as filmagens e fotos de alguém por lá passou. 

O segundo dia foi para passear pelo outro lado das dunas, e embora chovendo muito conseguimos completar o passeio pelo Farol de Caburé, inaugurado em 1908, correr com o quadriciclo pelas areias da praia,  pegar a chuva e a areia no rosto e desistir com dez minutos de andanças, o vento forte levava muita areia nos olhos e os óculos não se seguravam no rosto e o melhor foi retornar a base. 

No terceiro dia, final de nossa etapa, preferimos ir a Atins pela estrada e descartamos o voo panorâmico de helicóptero, o tempo fechado nos deu medo de voar, e foi ótimo. Se lá de cima veríamos um cenário maravilhoso pelo chão pudemos tocar, entrar e sentir a beleza da Cascata do Bonzinho, um encontro das águas do mar, salgada, com as que chegam dos lagos, doce, e formam uma cascata que dá ao turista pelo menos meia hora de puro espetáculo da natureza. 

Poderia contar muito mais, porém.., tem sempre um porém, é melhor deixar você conhecer de perto o que, para nós, é o lugar mais bonito do Brasil para o turista nativo conhecer, aliás o que tem de "gringos! por lá para conhecer o lugar é incrível, por isso o título da postagem é "Maranhão em bons lençóis". 

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