Revendo o Carnaval de Miracema

Passada a euforia do belo desfile do grupo "Em Miracema ou no Cinema" eu ainda estou em êxtase e ainda lembrando dos amigos que fizeram história na cidade. Vejo manifestações para que este movimento se repita, com toda intensidade, no próximo carnaval, em 2018, o que seria bem legal e oportuno.
Nas mensagens leio as manifestações de carinho e apreço por muitos carnavalescos, como Jair do Nascimento Polaca, Calil Saluan Neto e José do Carmo (Carminho), "donos" da Rua Direita por longos anos e mais do que merecida toda esta festa para os baluartes do nosso carnaval. Porém, tem sempre um porém, deve-se abrir um espaço, e muitos também lembraram, de personagens simples e autênticos que também marcaram época nos desfiles da Marechal Floriano.
Tenho boa memória para o assunto futebol, me lembro bem de todos os eventos, de praticamente todos os times e jogadores que fizeram história no meu tempo de Miracema, principalmente nos "anos dourados". Tenho ótima memória para fatos e música, de quando em vez estou por aqui relembrando de personagens que marcaram na política, no futebol e na arte.
Mas confesso que pouco sei sobre os nossos carnavalescos, claro que Zé Faca, Manoel Badeco, Nenenzinho, a turma do Fogaréu, do Levanta Povo, dos blocos formados pelo Claudinho da Magali, me veem à mente quando quero falar, e já falei por aqui, do Carnaval de Rua de Miracema.
Claro que não posso esquecer de citar Jorge Frederico e Fernandinho, dois destaques das escolas de samba da cidade, não posso jamais deixar de falar do Mocinho, eterno passista do Polaca, que ao lado do Fota arrancaram aplausos na Avenida do Samba e ensinaram a muitos outros a arte de ser Mestre Sala.
Certamente irão me lembrar de Dona Merência, correto? E como esquecer da Dama do Samba do Polaca? Merência é dos tempos que a Escola do Chacrinha desfilava como bloco, sem enredo e sem samba, com músicos, do qual um dia eu fiz parte, soprando trombones, pistons e batendo caixas e tambores, saiam pela Rua Direita carregando o povo amante do samba.
Tenho certeza que esqueci de muitos, mas não me esqueço do Sabino, da Rua do Café, outro, que como Zé do Carmo, foi baluarte do samba e do futebol. Você sabia que foi ele, Sabino, que lançou Célio Silva para o futebol? Não me esqueci do Nivaldo, mestre de bateria de alto nível, não me esqueci do Zil, exímio na arte de bater tambor e caixa, não me esqueci do Jurandir, craque na frigideira e no ritmo.
Voltarei ao assunto, logo que for a Miracema e fizer o dever de casa, ou seja, conversar com quem conhece e recolher nomes e fatos para dar maior ênfase a esta ideia de revigorar o nosso carnaval e entrar com força total no "Miracema, o melhor carnaval do Estado".
Vamos refazer nossa história.
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