Relembrando o folião Francisco
Na sexta-feira, logo após o treino do Operário, ele vestia sua fantasia surrada, calçava os sapatos velhos, e acertava os apetrechos da “mulinha” junto ao pequeno corpo. Estava pronto para cinco dias de folia e brincadeiras, que começava naquele momento, dezoito horas de uma sexta-feira, e só terminava por volta das dez da manhã da quarta-feira de cinzas. Este é o Francisco, o Neném, ponta direita habilidoso, goleador e apesar do tamanho, pelo apelido vocês devem perceber que era mignon, e por isto atuava pelas laterais do gramado. Neném era uma figura folclórica, jamais fez mal a alguém e só brincava sozinho, no verdadeiro bloco da solidão. Sua alegria era a fuga de uma vida difícil, barbeiro por profissão, dava conta do trabalho, eram dezenase clientes/amigos e nada impedia de manusear com cuidado uma tesoura ou uma navalha, e fazer as duas coisas que mais gostava na vida, a bola e o carnaval, mas já alguns anos sua “mulinha” estilizada já não tinha a mes...