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Mostrando postagens de maio, 2016

Afinal, onde canta o sabiá?

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Ouvindo alguns sucessos do meu tempo de criança e juventude, bossa nova era um dos meus preferidos, me vejo de calça curta, sentado na calçada da Prefeitura, com um talo de mamão, uma caneca de alumínio, com água e muito sabão, soprando o canudo, feito do talo, e soltando bolas, bolinhas e bolões como hoje as crianças, da geração Luna e Felipe, meus netos, fazem com brinquedos comprados em lojas especializadas. Porque me lembrei desta peraltice ouvindo música? Fácil explicar. Na música, interpretada pela Dóris Monteiro, diz: "Sentado na calçada com canudo e canequinha..." e nada mais do que um verso deste para me levar, como gosto, de volta ao meu passado na minha Miracema.  Certo dia, postando meus contos e crônicas no Facebook, alguém contestou um texto escrito parodiando Gonçalves Dias. "Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá.." e o amigo disse que o sabiá não canta em palmeiras.  Tudo bem, onde canta o sabiá?  Tenho certeza de que não era nas pa...

Um momento de recordação

Certa vez, passando pelos principais pontos da cidade, revi amigos, companheiros de futebol, de música, de colégio e, principalmente, aqueles que me conhecem apenas pela voz, os ouvintes da Rádio Princesinha do Norte, que foi uma “criança” que nasceu graças ao trabalho deste que vos escreve, do Renato Mercante e, principalmente do Orlando Mercante, nosso professor saudoso, o verdadeiro responsável pelo sucesso da criação e pelo desenvolvimento da emissora que encantou toda região. Na última visita a Miracema eu andei pelo Noroeste, fui a Natividade, orar no Santuário de Nossa Senhora de Natividade, passei por Porciúncula, onde visite a Paróquia do Padre Tiago Linhares, e almocei em Varre-Sai, onde fui encontrar um velho jogador do NAC, Lima, que me fez recordar bons momentos da Copa Noroeste de Futebol e ouvir boas histórias sobre o futebol da nossa região. Ao olhar a placa do meu carro, que é de Campos dos Goytacazes, o senhor do lado do restaurante me falou: - Tenho um ami...

Um álbum de figurinhas

  Conversando com meu guru, Ermenegildo Sollon, que esta semana está saudosista demais, entrei na onda e lembrei ao velho jornalista os grandes momentos da infância, quando, ele na década de 50 e eu na década de 60, corríamos de padaria em padaria atrás das balas que traziam figurinhas de jogadores de futebol.   Meu avô, o velho Vicente Dutra, sempre me protegeu nesta hora e, com o apoio da Vó Maria, soltava sempre uma graninha para as balas recheadas de craques paulistas e cariocas. – Você teve sorte, eu tinha que ralar os joelhos nas calçadas engraxando sapatos dos freqüentadores da missa de domingo, na Igreja Matriz, diz o grande Sollon.   Acredito que todos os garotos daquela época eram fissurados pelas figurinhas do Dida, do Pepe, do Zagalo, do Vavá, do Delém, Garrincha era carimbada, assim como a do Rei Pelé, mas tinham aquelas fáceis, como do Tomires, Pavão, Beline, que eram disputadas no “jogo do bafo”, onde meninos de mão grandes levavam vantagem sobre...