Obrigado amigos e Miracema

 Tem certos dias, não direi que penso em minha gente, mas tem certos dias em que me vejo pensando na gente de Miracema, aqueles que viveram comigo as alegrias e as tristezas do mundo da bola, da música, dos festivais e dos estudos, isto nunca foi o meu forte, e que marcaram minha vida de uma forma incrivel, fantástica e  extraordináriamente, e que estão guardados em algum lugar deste velho coração feliz e abençoado por Deus. 

Eu não queria citar nomes, a falta de alguns deles provocariam lamentações pelos esquecidos, o que não gostaria de ver, mas alguns, como os dois irmãos da vida, Júlio e Gutinho, Júlio é o Barros, filho de Dona Yolanda e Seu Zé Barros, e o Gutinho é o Thiara, o filho de Dona Antônia e Seu Botelho, meus vizinhos e amigos desde sempre, o Thiara nos deixou este ano e o trio, Eu, Júlio e Gutinho, se transforma em dupla e, apesar de não ver o Júlio há um bom tempo, guardo sua amizade, que sei que será eterna, naquele mesmo lugar que citei aqui acima, em um pedaço qualquer deste meu velho coração.

Agora sim, é complicado citar nomes já que entro naquela de juventude, da música entrando firme na minha vida, aulas de violão com o Farofinha, não deu certo, as cordas não são meu forte, mas as aulas de música, para sair da corneta, sempre tocada desde a infância, e entrar no piston, não posso deixar de me recordar do Maestro José Garcia, o Seu Zeca, que teve uma paciência de Jó com este músico, que sabia tocar de ouvido e se recusava a ler partituras, mas ele insistiu e eu li alguns dobrados em partituras da Banda Sete de Setembro. 

Os amigos das serestas, que era normal na minha Miracema, sempre levado pelo Fernando Nascimento, meu eterno professor e amigo, pelo Zé Felicíssimo,uma das mais belas vozes da cidade, com quem aprendi "Cadeira Vazia" e até hoje ainda solto a voz, não perfeita como a dele, mas saia bem legal quando acomlpanhado pelo Romildo ou pelo já citado Farofinha. A música também me deu um grande amigo, o Zé Viana, um baita pistonista e dono do primeiro conjunto que toquei, era bem legal, e, como o Viana, muitos já são saudades, como o Lula, no violão, Valdemar, na bateria, e o Breninho, na guitarra. Eu? Era o crooner e tentava ser o segundo piston do conjunto. 

Ah! E tem o assunto mais proibido ainda citar nomes, delas e deles, no primário, ginásio, cursos Comércio e Normal, aí amigo, tem uma tremenda "caixa de marimbondo" se comentar aqui, por exemplo, de Dona Jurecê, minha tão amada mestra como foi Dona Crisolina Moura, e esquecer de tantas outras que tiveram paciência com este menino levado. Perdão a todas (os) que não foram citados justamente para não ter uma enxurrada de pedido de desculpas individuais. 

E abro o parágrafo final para falar daqueles que me deram incentivo para ser o Adilson Dutra, não o de hoje, aposentado e feliz pelo que fiz pela vida, mas para ter coragem de sair da tranquilidade de Miracema, com emprego garantido no Banerj, casa própria, esposa com duas matrículas etc e tal, mas Jofre Geraldo Salim, Michel Salim e Orlando Mercante, fizeram minha cabeça e saí para uma nova aventura e creio que conquistei tudo aquilo que buscava e eles sabiam que eu poderia. 

Encerro sem dar nomes, novamente é perigoso, mas a turma do futebol, da música, e da Rádio Princesinha, veleu Renato Mercante, que me deu grandes momentos e o meu melhor amigo José Luiz da Silva, o nosso Categoria, é o grande trunfo daquela equipe maravilhosa que me deu a chance de ser o que sou hoje. Grato a Chico David, Welington Ronsè, Paulo Joel, Fernando Nascimento, meus operadores Jadinho, André, Evandro e Patrícia, que fizeram comigo o melhor futebol do Noroeste Fluminense. Saudade das carrapetas do Chiquinho Titonelli.

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