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Mostrando postagens de setembro, 2017

Aos mestres, com carinho

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Certa vez, conversando com meu velho amigo João Batista Alves, filho do professor Ulisses Alves, ele me perguntou se eu tinha saudades do tempo de colégio,  eu disse que sim e que até já havia escrito uma crônica falando das minhas professoras e me senti feliz por que recebi, de várias delas, ainda entre nós, felicitações sobre o texto e agradecendo a citação dos nomes delas.  - Certo, disse João, mas você não contou sobre o tempo do colegial, sobre suas passagens pelo Nossa Senhora das Graças e Miracemense, não tem saudade de seus professores daquele tempo?  Claro que sim, e muitos deles me proporcionaram boas lembranças e tenho, praticamente, uma história para cada um destes mestres que deixaram seus nomes na história da educação miracemense, mas antes, lembrando aos amigos que tive também uma temporada estudando em Pirapetinga, no colégio de lá, levado pelo seu diretor, João Domingues, por ter tido problemas na minha cidade natal.  Entrei no ginásio em 1962 e tive bons profe

O bar, a praça, os homens e suas histórias

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Um dia, na nossa Praça Dona Ermelinda, no que chamo de "Triângulo das Bermudas", aliás um dos vértices deste triângulo, me perguntaram:   - Adilson, como você sabe tanto da história de Miracema e de sua gente? A resposta é simples, minha infância e juventude foram vividas dentro do reduto político e jurídico da cidade, ou seja, fui criado na Praça Ary Parreiras, 174, onde funcionava o Bar do Vicente Dutra.  - Ah! Muita gente nova não se lembra do Vicente Dutra e por isto você tem que explicar na sua coluna esta história do bar e de seus frequentadores, diz meu interlocutor, nós aguardamos porque eu sou um destes que não conheceu seu avô mas sei quase tudo que aconteceu por lá e pelos arredores, meu pai frequentou o lugar por muitos anos.  Certo, além do pai do amigo e de outros não famosos mas nem por isto não importantes para mim e para nossa família, ali pelo nosso bar passaram figuras ilustres da cidade, por exemplo, como já contei por aqui, Altivo Mendes Linhares u

A caixa de som que enlouqueceu o Armazém

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São divertidas as noites de sexta-feira no Armazém, principalmente nos dias de visita do ilustre jornalista Ermenegildo Sollon, que dá um toque mais clássico na conversa, sempre com um tema diferente a cada chegada do meu guru à cidade e ao Armazém.  Na última semana, por exemplo, o assunto foi música, mais precisamente os boleros, das grandes serestas que Sollon participou na Lapa, no Rio de Janeiro, ou na Rua Direita, em sua Miracema. Bolero também é a marca registrada do Carlinhos, nosso novo integrante do grupo de veteranos do Armazém, apaixonado pelo Trio Los Panchos e por Eidye Gormé.  Canário, sempre irreverente, leva seu som e me pede para que ligue o bluethooth para que a mesa seja "abençoada" pelos boleros de Bienvenido Granda, Lucho Gatica e outros latinos "reis do bolero". E aí, o novo companheiro, Carlinhos, manda a sua primeira pérola para o grupo. - Ontem eu recebi um zap falando da história do bolero "El Reloj", é linda e o autor foi

Um time de estrelas que brilham no céu

Este final de semana, claro que no Armazém, falamos de saudade de amigos que nos deixaram cedo demais, isto porque alguns amigos meus, que gostam do futebol, queriam saber quem foi Chiquinho de Assis, recentemente falecido, e se ele era realmente de Miracema, como amplamente divulgado no noticiário esportivo brasileiro quando de seu falecimento, ocorrido em Miami, Estados Unidos.  Dai fomos levados a várias recordações, jogadores de Americano e Goytacaz, precocemente desaparecidos, ou de outros, de gerações passadas, que nos deixaram na velha e irremediável passagem do tempo. Lembravam um campista e eu me recordava de um miracemense, Cacado falava dos seus ídolos e eu dos meus amigos, e fomos nós, formando seleções dos que hoje atuam no céu,comandados por algum "santo" e eu, no pensamento, achava uma seleção que poderia ser comandada pelo Maninho, o nosso Alcir Fernandes de Oliveira.  Fui puxando pela memória e, para dar certeza de que perdi muitos amigos antes da hora