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Mostrando postagens de junho, 2013

Republicação: A nuvem do Polaca

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E Esta crônica foi publicada, aqui neste espaço, em dezembro/2008. A turma lá de cima parece que está com saudades da bola e com inveja daqueles que por aqui ficaram e fazem a festa neste final de ano. Sentado em sua nuvem particular, com mulatas, samba e um campinho particular, Jair Polaca mandou uma mensagem para Milton Cabeludo o convocando para um "papo cabeça" no seu cantinho. Cabeludo foi e levou com ele o Juarez Beiçola e outros contemporâneos. No caminho pegaram o Pernoca e o Lauro, que estavam no entorno da nuvem do Silvinho, que tinha saído para visitar o pai, Maninho, que em outra parte observava os craques que chegavam para conversar com São Pedro. Maninho foi localizado e levado para a nuvem do Polaca, que neste momento fazia uma ligação para o Gérson Coimbra já que a coisa fugiu do controle e precisava de uma organização no reduto. Seu Gerson chegou, botou a casa em ordem e começou a delegar poderes, mas para isto precisava da ajuda do Clarindo, que não fora

Os tipos inesquecíveis do Erasmo Tostes

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Estou na terrinha desde cedo, hoje é quinta-feira e aposentado tem estas prioridades, deu vontade de vir até aqui e venho, não tenho nada que me prenda a Campos, exceto quando a neta precisa de alguém que substitua a mãe na hora de cuidar da guria, no mais nada a fazer, e, seguindo o conselho do Zé Maria de Aquino, cá estou sempre que posso ou me “dê na telha”. E é só chegar por aqui e começam as “cobranças” dos amigos sobre o que escrevi, o que vou escrever e o que tenho em pauta para as próximas colunas. Sentei para almoçar no Bar do Cabeção e o assunto, como sempre, é a coluna da semana no Dois Estados, cheguei no jardim, para aquela visita rotineira ao meu lugar favorito em Miracema, e o Sabiá pergunta: “Quando é que você vai contar minha história aqui no parquinho?” Na Kiskina, na hora do lanche, recebo o jornal da Tia Ricarda e do Jadinho Alvim, Liberdade de Expressão, e vou logo na página onde a June Carvalho escreve suas histórias e na central, onde o Erasmo Tostes conta seu

Resposta para um intruso curioso

Estava eu sentado e saboreando uma esfirra, no balcão da Kiskina, lá na terrinha, em uma prosa legal com dois amigos da velha guarda, o assunto era as viagens que fizemos ao longo de nossas aposentadorias, quando fomos abordados por um quarto amigo com uma pergunta: “O que vocês veem quando viajam, eu não vejo nada demais nestes passeios”, mandou sem ao menos dizer bom dia!  Fiquei um pouco calado, procurando uma palavra para responder, mas como sou o mais radical do trio de viajantes esperei pelos dois antes de me pronunciar. O silêncio irritou o chegante, que insistiu na pergunta e queria a resposta dos amigos, mesmo que estes estivessem com a boca cheia e falar com a boa cheia é falta de educação. Como ninguém falou fui obrigado a dar o meu recado para o apaixonado por Miracema, segundo ele mesmo diz, e  que não sai da terrinha por nada neste mundo. Naqueles dois minutos em que esperei para responder não pensei em outra coisa que não fosse mostrar, com palavras, o que nós, os am

Rei Nasci, meu querido companheiro

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O espaço desta semana vou preencher com um relato sobre um grande companheiro, daqueles que me tocam o peito e preenche todos os requisitos daquilo que chamamos de amigo, cuja amizade vem de longa data, lá dos longínquos anos 60, e se transformou em mestre, parceiro de música e de bola, e, principalmente, no grande incentivador de minha carreira profissional, artística e radiofônica.  Fizemos sucesso no Fecami, o Festival da Canção de Miracema, ele com suas composições e, este que vos fala, ensaiando os primeiros acordes como cantor, não lá grandes coisas, mas conquistando o primeiro troféu de “Melhor Intérprete” de nosso Festival da Canção. O grande sucesso deste menestrel miracemense, sem dúvida alguma, é um hino e pode ser muito bem cantado nestes momentos de grandes manifestações populares, foi tema da Escola de Samba Unidos de Todas As Cores, em sua primeira investida pela passarela do samba da Marechal Floriano, e conta a história de Dona Ermelinda e seu filho Manoel. Jun

A mesma praça, o mesmo sonho, a mesma saudade

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Este negócio de conversar ou trocar mensagens pelo face book é um treco viciante e gostoso, principalmente quando encontramos pessoas quem comungam contigo sobre os temas comum a todos nós, tipo lembranças de infância, juventude, bailes, futebol e, principalmente, da nossa terrinha amada e idolatrada por nós.  Ontem, olhando uma foto postada pelo Reginaldo Constâncio, focando a antiga Praça Dona Ermelinda, com as árvores anãs, o coreto e, lá no alto, imponente e bonita, a Igreja de Santo Antônio e seus morros e sua antiga escadaria, que um dia um arquiteto resolveu cortar e fazer uma moderna e muito sem graça (vejam a foto ali em cima).  Aí, meu caro amigo, não há quem resista e não há aquele que não sinta uma dor no peito e uma lágrima cair. Claro, tem gente que não sente nada e ainda dá gargalhadas de quem, com um pouco mais de alma e coração, diz que sente saudades deste ou de outro lugar onde brotam recordações dos momentos marcantes vividos por ali. Vocês já me conhecem e sa

Goleiros da terrinha - Parte II

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Ainda bem que deixei um recado, no último parágrafo da conversa anterior sobre os goleiros que vi jogar ou que joguei lá na minha Miracema, caso contrário seria crucificado pelos amigos goleiros ou pelos goleiros amigos, como o grande Genésio, meu parceiro de Tupã, de peladas e do Banerj, cujo time salvou em grandes jornadas e em outras... Nem tanto assim, não é mesmo Jorginho Monteiro? Tenho ótimas histórias e bons causos jogando ao lado ou contra o Genésio, num destes, já contei por aqui, fiz um gol antológico no Tupã, concluindo uma jogada com um soco, na lama da grande área do Estádio Municipal, e me vinguei da entrada dura, sem maldade, do goleirão, que me arrancou a unha do dedão direito. Ganhamos por 1x0 e o Esportivo só não goleou graças a bela atuação de Genésio. E para lembrar mais uma grande parceria entre mim e o goleiro esquecido, obrigado Amauri Cabeção e Mário do Carmo Costa por terem lembrado de alguns momentos marcantes, e para encerrar o papo sobre Genésio Nun

O papo é sobre craques peladeiros

Sempre quando leio, ouço ou vejo na telinha da tevê crônicas de Nélson Rodrigues, Armando Nogueira, Mário Filho, Sandro Moreyra ou outros monstros do jornalismo brasileiro eu viajo pelo mundo da bola e me encontro nos campos de pelada do Ginásio Miracemense ou na quadra do Rink, ali no Jardim de Miracema. Já me peguei plagiando Nélson Rodrigues ou Armando Nogueira, me vi espiando textos de Mário Filho ou Sandro Moreyra para eu buscar inspiração para alguns textos para o Dois Estados ou para os meus blogs, e garanto que sempre sai algo de bom, pelo menos eu acho assim e tem gente que aprova sem restrições. Hoje, por exemplo, olhando aquelas matérias de O Globo, dos sábados, escritas pelo jornalista Sérgio Pugliese, vou longe e meu pensamento viaja pelo tempo até subir o morro e aterrissar no Campo de Aviação e dali descer até o Buraco da Égua, onde o Alvorada, liderado pelo Fernando Nascimento, ou o Internacional, comandado pelo Osvaldo de Aquino, o Dibreu, reuniam os peladeiros par

A memória da bola está viva

Falar de futebol é bem mais fácil do que traçar algumas linhas sobre política ou sobre a cidade. No futebol, da maneira que coloco por aqui, muitos me procuram para contar os causos, lembrar alguém ou perguntar por este ou aquele amigo que brilhou nos gramados da cidade.  Comentar sobre política, principalmente em cidade como a nossa, pequenina  e esquentada, sempre nos leva a perda de um amigo, de uma conversa não terminada e até a inimizades ferrenhas. No último feriado estive por aí e tentei argumentar que muitos ex-prefeitos ou líderes da cidade, não eram homenageados pelo povo da forma como deveriam e senti que praticamente todos, mas todos mesmos, sem nenhuma exceção, foram guardados no lugar mais fundo da gaveta da preservação e, pelo visto, jamais serão retirados de lá. No primeiro papo sobre o tema eu ouvi: “Larga d”Ilson”, na segunda tentativa um “nem toca neste assunto, já era, deixa pra lá”. Na terceira: “continue falando de futebol, garanto que você não se aborrece