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Mostrando postagens de novembro, 2015

Histórias de trinta anos de rádio

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Trinta anos do jornal Dois Estados e, coincidindo com o evento, trinta anos deste que vos fala em Campos, que naquele já longínquo 1985 ainda não era dos Goytacazes e era apenas intrépida e formosa como diziam os poetas e cronistas da cidade.  Se aqui no jornal eu contei causos da cidade, falei dos amigos e das coisas de minha terra, por aqui vivi intensamente o jornalismo, minha paixão,  o radialismo, minha melhor forma de viver, e o futebol, que está no meu sangue desde garoto pequeno na Praça Dona Ermelinda na "Santa Terrinha".  Por aqui falei com meus ídolos, narrei gols de título, na campanha da Terceira Divisão do C.E Rio Branco, clube que me viu nascer como setorista para a Campos Difusora, comentei grandes  jogos, inclusive o primeiro da final do Módulo Branco, como a Terceira Divisão foi rebatizada em 1987, entre Americano x Caxias/RS, entrevistei grandes craques, com exclusividade e não como hoje que os jogadores só falam em coletiva.  Por aqui ganhei respeito

Andando por aí com destino certo

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Ontem, conversando com alguns amigos mais chegados, aqueles que trocam figurinhas de viagem comigo, como o Motta e o Júnior, "viajamos" por aí sem sair da mesa onde estávamos e navegamos pelos mares profundos e voamos pelos céus de brigadeiro ou turbulento.  Tomamos uma cerveja em Berlim, um vinho em Florença, uma tequila no México, um espumante em Paris, participamos da Festa da Cerveja, em Munique, um bacalhau no Porto, regado ao vinho mais famoso do mundo, que leva o nome da cidade portuguesa, uma Paella em Valência, na Espanha, que é servida sem frutos do mar, Motta prefere a de Sevilla justamente por ter as iguarias retiradas do mar espanhol.  Alguém lembro das valsas vienenses, ouvidas nos bosques de Viena ou a beira do Danúbio? Sim, é belo e magnificamente emocionante. Que tal uma tarantela em Nápoles, na Itália, ouvir as ciganas espanholas tilintar as castanholas, em Barcelona ou as mulheres guerreiras de Lisboa cantando um fado a beira do Rio Tejo?  Viajar é

Dois Estados, trinta anos de história

Como diria aquele baita narrador, Fiori Gilioti: "O tempo passa, torcida brasileira" e esta frase bordão serve para abrir o comentário desta semana de nosso Papo de Bola, que poderia muito bem passar a se chamar Papo de Amigos, neste Dois Estados, que está completando neste novembro 30 anos de circulação initerupta e com mais altos do que baixos, com mais alegrias que tristezas e com um punhado de leitores conquistados com sua informação correta e solidária. Destes trinta anos eu devo ter vinte e nove e meio de participação no jornal, já falei de tudo um pouco. Já contei histórias, já narrei aventuras e viagens, saudei amigos boleiros e amigos de infância e juventude, falei de meus ídolos e contei causos que deixaram meus leitores bastante interessados e por isto recebo, todas as vezes que visito Miracema, dezenas de sugestões para novas colunas e novas conversas com os amigos leitores do Dois Estados. Já até conversei com o Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros, me

Time dos sonhos

Estava ao lado de alguns amigos, veteranos de bola como eu, e relembrávamos as peladas do Ginásio, os treinos do Vasquinho, os timaços do Rink, do Esportivo e de outros grandes esquadrões da cidade, alguns que vi ainda pequeno e nestes estavam dois dos maiores talentos futebolísticos que vi jogar, Milton Cabeludo e Lauro Carvalho. A pegada foi em cima do time dos sonhos, que montei em uma das minhas crônicas para este espaço.   Nascimento, ainda não engolindo o meu ataque com Edil e Milton Cabeludo, me dizia que naquele time também faltara o Vadeco.  Na hora retruquei e perguntei: E o Cleci Brandão, onde jogaria? Foi o mesmo que mandar o Nascimento engolir a lista que me apresentaria mais a adiante. Oliveira, ainda calado, preparava o bote para mais uma colocação. Foi imediatamente cortado com a resposta forte, ou seja, cada um viveu um tempo e todos nós temos um conceito de craques.  Físico, meu saudoso amigo, veterano torneiro mecânico da oficina do Washington, por exemp

UM PAPO COM O VELHO ESTÁDIO MUNICIPAL

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Cara, quando eu te conheci não sabia sequer falar corretamente, era trazido pelo Nijel ou pelo Alvinho, hoje estou aqui, já grandão, falando em você, sobre você e praticamente conversando com você, que durante alguns anos me deu um punhado de alegrias. Alguém falou em tristeza? Não, jamais fiquei triste ao lado deste velho moço, que está recebendo nova roupa e se porta como se tivesse novamente poucos meses de vida. Quantas vezes cheguei aqui solitário, falando baixinho para você, que um dia seria famoso e jogaria em um grande time brasileiro? Quanta ilusão. Você não respondia. Ficava calado. Seu silencio parecia prever que nada disto aconteceria. Você viu passar por aqui o grande Lauro Carvalho, que cracaço, o Milton Cabeludo, meu primeiro ídolo do futebol, viu nascer a geração Rink, lideradas pelo incrível, e gordo, Chiquinho Maracanã, viu nascer o Tupan, onde o meu velho pai, Zebinho, jogava ao lado de craques como Olavo Cueca, Noqueta e tantos outros da geração anos 20, nã

UM PAPO COM O VELHO ESTÁDIO MUNICIPAL

Cara, quando eu te conheci não sabia sequer falar corretamente, era trazido pelo Nijel ou pelo Alvinho, hoje estou aqui, já grandão, falando em você, sobre você e praticamente conversando com você, que durante alguns anos me deu um punhado de alegrias. Alguém falou em tristeza? Não, jamais fiquei triste ao lado deste velho moço, que está recebendo nova roupa e se porta como se tivesse novamente poucos meses de vida. Quantas vezes cheguei aqui solitário, falando baixinho para você, que um dia seria famoso e jogaria em um grande time brasileiro? Quanta ilusão. Você não respondia. Ficava calado. Seu silencio parecia prever que nada disto aconteceria. Você viu passar por aqui o grande Lauro Carvalho, que cracaço, o Milton Cabeludo, meu primeiro ídolo do futebol, viu nascer a geração Rink, lideradas pelo incrível, e gordo, Chiquinho Maracanã, viu nascer o Tupan, onde o meu velho pai, Zebinho, jogava ao lado de craques como Olavo Cueca, Noqueta e tantos outros da geração anos 20, nã

UM PAPO COM O VELHO ESTÁDIO MUNICIPAL

Cara, quando eu te conheci não sabia sequer falar corretamente, era trazido pelo Nijel ou pelo Alvinho, hoje estou aqui, já grandão, falando em você, sobre você e praticamente conversando com você, que durante alguns anos me deu um punhado de alegrias. Alguém falou em tristeza? Não, jamais fiquei triste ao lado deste velho moço, que está recebendo nova roupa e se porta como se tivesse novamente poucos meses de vida. Quantas vezes cheguei aqui solitário, falando baixinho para você, que um dia seria famoso e jogaria em um grande time brasileiro? Quanta ilusão. Você não respondia. Ficava calado. Seu silencio parecia prever que nada disto aconteceria. Você viu passar por aqui o grande Lauro Carvalho, que cracaço, o Milton Cabeludo, meu primeiro ídolo do futebol, viu nascer a geração Rink, lideradas pelo incrível, e gordo, Chiquinho Maracanã, viu nascer o Tupan, onde o meu velho pai, Zebinho, jogava ao lado de craques como Olavo Cueca, Noqueta e tantos outros da geração anos 20, nã