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Mostrando postagens de junho, 2012

Copa do Chile - republicada a pedidos

Esta copa teve um grande significado para minha cidade, Miracema, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Pela primeira vez eu ouvi histórias de um torcedor brasileiro presente no local da competição, Seu Felisberto, um abastado comerciante da cidade, viajou para o Chile para ver de perto o escrete canarinho, que tinha entre suas estrelas vários jogadores do Botafogo, paixão do Seu Felisberto. Garrinha, o grande ídolo, estava em grande fase e por isto o conterrâneo gastou um pouco de seu dinheiro para voar nas asas da Panair do Brasil, como gostava de dizer. Seu Felisberto contava que ficou hospedado no mesmo hotel em que estava Elza Soares, a grande musa de Garrincha, que a visitava praticamente todos os dias e, claro, eram encontros sempre às portas fechadas e sem hora para terminar. “Como é que aquele camarada pode atuar tão bem naquela copa”, dizia Seu Felisberto, que logo depois completava o seu raciocínio sobre o gênio das pernas tortas. “Também, com um mulherão daquele a

A Praça Dona Ermelinda

Ali, conta a história, começou tudo. O filho queria ser Padre e conversava longamente com a mãe sobre o assunto, mas a poderosa Ermelinda, como diz o Fernando Nascimento em seu samba exaltação, queria uma prova do amor do filho pelo sarcedócio, o que nunca ficou comprovado e, isto ninguém irá contar, o garoto ou rapaz, como queiram, sumiu sem deixar vestígios e Dona Ermelinda fez a doação de parte de suas terras para o vilarejo que começa a nascer ao redor da Igreja Matriz de Santo Antônio dos Brotos. Viu, parece que sei alguma coisa sobre o início de nossa história, parece apenas, pois o que sei foi contado por amigos e lido em poucos livros que falam sobre o assunto. Mas de uma coisa podem ter certeza, a Praça Dona Ermelinda eu conheço como ninguém. Ali fiz de tudo que um miracemense podia fazer.  Cantei em programa de calouros, com o grande Mocinho apresentando em um caminhão. Era Festa de Santo Antônio, fui primeiro lugar na categoria mirim, me lembro do premio, um copo d

As "Ferinhas do Nézio"

Há algum tempo venho prometendo contar por aqui as belas jornadas das “Ferinhas do Nézio”, meninas maravilhosas e seu fantástico treinador, que fizeram história no basquete do interior fluminense nas décadas de 70 e 80, conquistando todos os títulos possíveis ou em disputa. Marquei com Rosa Rizzo um papo, mas as minhas idas e vindas não batiam com a disponibilidade dela. Tentei conversar com a Diva, irmã da craque Fátima Barros, mas também não consegui agendar um tempo para o bate papo.  Parece até que estas meninas são ocupadas demais ou meu tempo em Miracema é muito curto. Nada disto. Quando por aqui chego, diz o Zé Luiz da Silva, o meu repórter de Categoria, me perco nos papos das esquinas e dos butecos e me esqueço de tudo aquilo que programei. Verdade, e nisto aí o José Souto, o Renato Caveari e o Ademir Tadeu têm culpa no cartório, o bom papo do trio sempre me faz perder a agenda do dia. Já me encontrei com a Sônia, filha do professor Nézio, que também foi craque no esport