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Mostrando postagens de dezembro, 2015

O nome dele é Ferradurão

Não chega a ser como nos tempos em que Dom Dom jogava no Andaraí, mas cá na Terrinha, no tempo que Polaca jogava no Miracema, só o velho estádio da Rua da Laje recebia os jogos dos campeonatos da cidade.  O tradicional Campo do América, que pertencia ao Tupã, era pouco usado nos jogos e apenas alguns amistosos eram realizados por lá, o campo não tinha arquibancada ou sequer alambrado decente. Na década de 1950 o prefeito Plínio Bastos de Barros promoveu uma excelente reforma no estádio da Rua da Laje e o transformou em Estádio Municipal, que mais tarde recebeu o seu nome. A bola rolou soberana por ali durante longos anos, até que no início dos anos 70 chegou a Associação Atlética Miracema, nascida da fusão entre Esportivo e Tupã, e o Campo do América recebeu melhorias como um belo gramado, vestiários, um alambrado e muros nas laterais e na frente, ficando assim próprio para receber bons jogos, apenas o público não tinha conforto, não vieram as sonhadas arquibancadas. Em homenagem

Um papo de saudade, na Kiskina.

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Um dia pensei comigo: Acho que o ciclo de causos e histórias do futebol de Miracema chegou ao final, não há mais assunto e não vejo como retomar as conversas sobre o nosso futebol dos anos 60 e 70.  Pensei e comentei com o Alvim e com o Gelti e ambos ficaram de me enviar "motivos" e me contar causos vividos por eles ou conhecidos pela dupla de colaboradores deste Papo de Bola.  Fui a Miracema no Natal e fiquei por lá na virada do ano. Sabem o que trouxe na bagagem? Nada. Simplesmente nada, nem mesmo meu amigo Monteirinho, outro que sempre alimenta a coluna de boas laudas, fora do futebol, estava por lá. Meu caro Monteiro estava em um Cruzeiro Marítimo, levado pela filha Gisele, curtindo um pouco a sua merecida aposentadoria.  E meu outro contador de causos, Fernando Nascimento, chegou à mesa onde eu estava ao lado do Duduca Amaral, Scilio Faver ( o filho, claro) e o Ló Leitão, e a conversa só teve um assunto, o Triângulo das Bermudas, que o Scilio diz ser um Quadrilátero

Histórias de viagem gente causos = parte 2

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Seguindo com as narrativas de causos e fatos de viagem vamos hoje a Paris, Florença e Varsóvia para contar causos ocorridos com brasileiros residentes neste lugares ou companheiros de viagem.  No saguão do Íbis em Paris - Sentado, fingindo ler o Le Figaro, olhava as imagens de um jogo da Champions League do dia anterior, saboreando um bom vinho, da casa, no hotel em que ficaríamos, em Paris, vejo um homem, bem vestido, andando de um lado para outro e olhando fixamente para onde eu estava. Pensei. Será que quer falar comigo? Tem pinta de inglês e deve estar me confundindo com alguém. Dei um tempo, e, ao terminar a taça do vinho que tomava, chamei a garçonete e pedi uma jarra, pequena, do mesmo vinho. Estava dando margem para o desconhecido se aproximar e o convidei para uma taça. Ele, tomando coragem, chegou e foi logo perguntando:  - Eu te conheço de onde? Em bom português e muito sério.  Ofereci o vinho, ele aceitou, e respondi. Sou Adilson Dutra, sou de Miracema, moro em Camp

Histórias de viagem gente e causos

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Gosto de contar histórias de viagens e conversar com os amigos da coluna sobre fatos interessantes, como as que vou narrar nesta postagem de final de ano. São "causos" com brasileiros, companheiros de viagens ou moradores das cidades por onde eu e Marina passamos nestes dez anos de turismo e seis viagens pelo Velho Mundo e América do Sul.  Vou começar com um fato que teve como personagens, além de Marina, minhas irmãs Eliane e Maria Tereza, e aconteceu em Santiago do Chile, no Bi Centenário da Independência do Chile. No Chile - Andávamos em círculos pelo centro da capital chilena, estávamos, literalmente, perdidos e passamos diversas vezes pelo mesmo prédio, em reforma, na principal avenida de Santiago. E, depois de quase uma hora andando sem rumo e sem encontrar o hotel em que estávamos, ouvimos um grito, lá do alto do andaime. - E aí, campista, tá perdido? Você já passou por aqui umas três vezes e deu até para te reconhecer. Você é jornalista em Campos e "puxa sa

Então é Natal e o que dizer sobre a data?

Então temos que escrever sobre o Natal? E qual o assunto deste ano? São mais de trinta anos escrevendo sobre o tema e meu arquivo já esgotou e não há um só assunto relativo ao dia que me venha a cabeça. Já contei como eram nossos natais, no tempo do Bar do Vicente Dutra, a família trabalhava unida e neca de festa natalina. Já narrei os grandes momentos vividos com os padres holandeses, Alberto, Luiz, Antônio e André, que foram responsáveis por ótimos momentos natalinos da minha geração. Teve até um ano, quando andava meio revoltado, que escrevi sobre a necessidade de se mudar o estilo de ver o Natal, o povo encara esta festa como profana e se esquece do principal, o Aniversário Dele, que é o verdadeiro sentido do dia. Neste texto eu recebi elogios e broncas, mas dei o meu recado da forma que penso e ninguém vai tirar esta ideia de mim, o Natal hoje é mercantilista e não religioso. Teve uma crônica, não me lembro bem qual foi o ano, nem vou procurar, que narrei as festas da Igreja

De músico e cantor

U ns dias atrás, creio que foi na sexta-feira após chegar do encontro semanal com os amigos do Armazém do Lenílson, recebo uma ligação e do outro lado estava o velho guru Ermenegildo Sollon, veterano jornalista miracemense, que me surpreende com uma prosa diferente e coberta de dúvidas e incertezas.  - Dutra, estou chegando de um encontro com amigos conterrâneos e me surpreendi com uma revelação de um amigo seu, dos tempos de música e futebol, dizendo que você era crooner de conjunto (para quem não sabe crooner é o que hoje chamados de vocalista) e que também soprava um trompete (para os menos informados sinônimo de pistom), procede?  E aí fui explicando a ele que tudo isto foi pelo lado amador, um hobby que sempre cultivei e nunca cantei ou toquei profissionalmente e sim pelo mero prazer de viver a música com toda intensidade, como me ensinou meu professor e maestro Zeca Garcia, que soube incutir em minha cabeça o estudo fiel as pautas e as notas musicais.  Contei que desde cria