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Mostrando postagens de maio, 2010

TODAS AS COPAS DE MINHA VIDA - FINAL

Em 1994 a Copa do Mundo e o futebol chegavam aos Estados Unidos da América, onde a bola oval sempre predominou. O planeta bola esperava que os americanos se rendessem a pelota redonda e a Fifa e autoridade americanas, se juntaram para fazer a maior festa do futebol de todos os tempos. A transmissão da televisão foi fantástica, o bacana aqui já curtia uma televisão de 29 polegadas, morava nas imediações da Pelinca, de onde saiam as caravanas comemorando as vitórias do time de Parreira. Era o auge do satélite no Brasil e já tínhamos, além da parabólica, a GLOBOSAT e seu sistema de transmissão a cabo. Minha sala ficava lotada de amigos, mas festa mesmo só por parte dos visitantes, este comentarista estava a serviço e não curtia muito aquele futebol feio do time liderado pelo Dunga. A turma da Pereira Nunes preparou a festa da final, contra a Itália, com esmero e dedicação. Dei a minha contribuição e apostei com a Gisele, minha filha: “Se o Brasil vencer eu tiro a barba de trinta e quatro

OS BONS TEMPOS DA “LATINHA” II

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Prometi e aqui estamos novamente a contar os bons momentos deste repórter e, de acordo como combinado iniciamos com o papo com Telê Santana, no Hilton Hotel, em São Paulo, antes do jogo final das Eliminatórias para a Copa de 1986, contra a Bolívia, no Morumbi. Passei o dia inteiro no hotel, levado pelo José Maria de Aquino, e por lá um grande movimento entorno dos craques e da comissão técnica. Falar com os jogadores era praticamente impossível, mas com este jeito simples e com cara de quem não está fazendo nada por ali, fiquei colocado com o Robério Gata Mansa, o assessor de imprensa da CBF, que foi com a minha cara e me deu guarida para encostar na turma e no bar do hotel. Por ali, sempre às escondidas, passaram Sócrates, Careca, Renato, Leandro e Mozer, com quem abri um papo falando de Miracema e de sua visita a cidade, em 83, com a seleção carioca de juniores. Mozer disse que se lembrava e nos tornamos “amigos de infância”. Sócrates, amigo de Zé Maria, foi avisado de minha presença

TODAS AS COPAS DE MINHA VIDA - II

Paramos, o primeiro capítulo, em 1970. O espetacular time brasileiro levantou o terceiro título no México e deixou saudades em todos nós e espalhou a fama do futebol tupiniquim por todos os continentes. Hoje seguimos com a narrativa sobre o maior evento esportivo do planeta bola, a Copa do Mundo de Futebol. A Holanda assombrava o mundo em 1974 e eu, aos vinte e quatro anos, estava noivo e de casamento marcado com Marina, com quem divido as alianças há 34 anos. O emprego na Vepasa era excelente e os dez salários recebidos me deram a chance de comprar uma TV novinha e assistir, no meu quarto, o segundo título da Alemanha, que mais uma vez bateu o maior favorito da Copa, desta vez em casa, diante de milhões de alemães extasiados com o futebol dos bávaros. Argentina/1978 a Copa da Ditadura Militar e da frustração de muitos brasileiros, este que vos fala inclusive, que fizeram planos para ver de perto a primeira Copa do Mundo e foram impedidos pela segurança e por alguns membros do exército

FOTOS QUE MOSTRAM A MODA DOS ANOS 70

Hoje, pela manhã, resolvi dar uma olhada no meu mundo e vi como tempo passou depressa. Abri o baú de fotografias e, admirei com ternura, todos os bons momentos vividos em cada ano de minha vida. As fotos dos anos 50, no jardim, nos gramados da prefeitura ou nas escadarias da igreja, revelam um garoto travesso e já apaixonado por futebol, a bola aparece sempre ao lado ou nos pés do “moleque arteiro“, como dizia minha Vó Maria. Algumas chamam atenção pela elegância, algo que me traz um pouco de saudade. Rapazola, frequentador dos bailes do Aero Clube, do Grêmio, da Cabana XV, e dos clubes de toda a nossa região, gostava de uma boa camisa, uma calça bem cortada e sempre confeccionada com exclusividade, não em grifes modernas ou de bacanas, mas na nossa Miracema, onde pessoas de bom gosto costuravam com amor. Marina mostrava uma foto tirada em São Paulo, no final dos anos 70. Uma bela camisa fazia contraste com o cenário, o restaurante do famoso Giovane Bruno, um ítalo-brasileiro amigo de

OS BONS TEMPOS DA “LATINHA”

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Minha vida de repórter foi bem interessante, fiz algumas entrevistas que marcaram e algumas até que poderiam ser descartadas da memória ou do chip do computador. Uma das interessantes, e boa interessante nisto, eu fiz com o ex-técnico da Seleção Brasileira, naquele tempo dirigindo o Bangu, Mário Jorge Lobo Zagallo, um dos personagens mais marcantes do nosso futebol. O que marcou no papo, à porta do túnel de acesso do vestiário de visitante, no Estádio Ary de Oliveira e Souza, foi que a prosa sequer chegou ao futebol profissional. Eu e Zagallo falamos do cotidiano, dos tempos de ambos na Tijuca, das peladas no campinho ao lado de seu edifício, que ficava uma rua acima da Rua José Higino, onde morava minha tia Durvalina. Zagallo, que é ótimo de conversa, me brindou, e aos amigos da Rádio Difusora, com pelo menos meia hora de ótimo papo e que só terminou com a apito final do árbitro do jogo preliminar, Goytacaz x Bangu, que o treinador tentou assistir e não conseguiu. Falamos de seleção,