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Mostrando postagens de maio, 2015

Frio, chuva e lembranças da terrinha

Aqui chove, faz frio e não tem como sair de casa e por isto vem logo na cabeça as lembranças de minha Miracema, das peladas do Ginásio, dos campeonatos de futebol de salão, no Rink, e nos treinos e jogos do Vasquinho e por onde joguei nos meus tempos de guri e rapaz lá na terrinha.  Existe alguma coisa melhor do que jogar uma pelada com a chuva caindo forte?  Se esta pelada foi no Ginásio não pode haver coisa mais gostosa, barro, grama solta, bola travando na poça, gritos histéricos dos zagueiros botinudos deitando e rolando sobre os miúdos, frangos incríveis dos goleiros improvisados e a torcida para que a chuva não acabe antes das seis da tarde, horário em que escurecia a ponto de não ter mais o que fazer no gramado castigado do Colégio Miracemense.  Por que lembrei dos campeonatos de futebol de salão do Rink? Quem viveu aquele tempo sabe que estes torneio eram realizados nas férias, julho ou janeiro, para que todos os estudentes pudessem comparecer aos jogos e, normalmente, er

Onde estão os campinhos de pelada?

Durante a exposição, aqui na terrinha, Nilton Nepomuceno me parou e perguntou: - Você já viu que não temos mais campinhos de pelada em Miracema? Olhei para o lado, estávamos diante de dois que acabaram faz um tempão, o do Colégio Estadual, onde joguei a última pelada como morador de Miracema, e o que havia onde hoje estão alguns prédios da nova Avenida Luiz Fernando Linhares, em frente ao Parque de Exposições.  O Nilton tem razão, se olhássemos para cima veríamos o "Carrapichão" lá no morro, onde a turma da Rua da Laje corria atrás de bola nos bons tempos em que ainda podíamos fazer esta "arte", e se seguíssemos em frente entraríamos no mais famoso de todos, o campo do Ginásio, onde surgiram talentos incríveis como Genuíno, Júlio, Thiara e onde a dupla de saudosos amigos, os irmãos César e Marquinhos Linhares, eram estrelas diariamente.  E no sábado seguinte, véspera do Dia das Mães, me encontro com o dileto e fraterno amigo, Antonio Carlos Monteir

O obrigado de José Maria de Aquino

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Discurso do José Maria de Aquino, lido por mim, na Reunião Solene da Câmara de Vereadores de Miracema na ocasião da entrega da Comenda Dirceu Cardoso ao jornalista miracemense radicado em São Paulo.  "Tantas vezes nesses 64 anos de exílio voluntário e necessário, deixei a dura cidade grande que tão bem me acolheu, para voltar, ainda que por um, dois, três dias, à minha pequena e eterna Miracema. Era só surgir uma oportunidade, para acomodar mulher e três filhos no carro e amanhecer na estrada. Sabendo que a alegria de rever parentes, meus tios, meus primos, de abraçar amigos, transformava os 650 quilômetros para ir e outros tantos para voltar, em poucos metros, alguns centímetros. A ansiedade para chegar o mais rápido possível, transformavam em tapetes os buracos que se revezavam, ora do lado mineiro, ora do nosso lado, e tomavam conta das estreitas e sinuosas estradas. Era preciso trazê-los para conhecer pelo menos alguns personagens e os palcos onde vivi minha infânci