Personagens que merecem um livro especial

Certo dia, em um bar no Mercado de Miracema, meu bom amigo Monteirinho (Antonio Carlos Monteiro), perguntou: - Você tem plano para escrever um livro de memorias, contando tudo o que você narra em suas crônicas?

Respondi o que penso, não tenho histórias ou trajetória para contar em um livro, daria para narrar em apenas três ou quatro textos aqui no Dois Estados, mas sei que ele queria dizer sobre minhas andanças, profissionais ou de viajante, mas isto me levou a uma resposta que é a pura verdade e é o que realmente pensava antes do grave problema com meu ombro, que me impede usar com mais frequência os teclados do computador. 

Naquela oportunidade dizia eu ao Monteiro do meu sonho em escrever a biografia do Jair Polaca, homem com uma vida de serviços prestados ao futebol e ao carnaval miracemense que cabe em um livro. 

Naquele dia eu dizia ao amigo que pretendia, se capacidade tivesse, de construir a biografia de Jofre Geraldo Salim, o maior miracemense que conheci em todos estes meus anos vividos e passados na minha terrinha. 

Gostaria sim, de mostrar para o mundo quem são estes dois personagens de minha cidade, Jair e Jofre, em seus respectivos setores, foram importantes para nossa geração e construíram tudo o que vivenciamos hoje no esporte e na política. 

Gostaria de conversar com o Erasmo Tostes, uma das memórias mais brilhantes da cidade, para que juntos pudessemos escrever um livro de nossos personagens, como os folclóricos Paraoquena, Neca Solão. Rundunga, Isabel, Raul e tantos outros homens e mulheres que encontrávamos nas ruas em nossa infância e juventude. 

Paraoquena marcou três ou quatro gerações e foi perseguido por alguns covardes, que não tiveram a coragem de entender que ele não era um problema e sim a sociedade, que o fez ser um problema. Lidei com ele no bar do meu avô e tenho a lembrança do homem doce e puro que era, mas também conheci seu outro lado, o agressivo, quando atacado ou achincalhado pelos jovens nas ruas, mas não tenho notícias de alguma agressão proporcionada pelo Adão. 

Sim, meu caro Monteirinho, me falta qualidade jornalística para escrever estas memórias, sou um cronista da cidade e, quem sabe, se minha tendinite me abandonasse, eu até que poderia tentar conversar com a família do saudoso Polaca e resolver de vez este meu objetivo, que é escrever as Memórias do Jair, que belo livro daria, concorda? 

Comentários

TADEU MIRACEMA disse…
Você citou pessoas especiais e que fazem parte da nossa história . O meu grande amigo Monteirinho até hoje a ficha não caiu. Conversávamos muito e sabedor que eu gostava de escrever, sempre foi um incentivador em todos os sentidos. Sobre o seu livro, material é o que não falta para escrever não apenas um, mas uma coletânea.

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