Um momento de recordação
Certa vez, passando pelos principais pontos da cidade, revi
amigos, companheiros de futebol, de música, de colégio e, principalmente,
aqueles que me conhecem apenas pela voz, os ouvintes da Rádio Princesinha do
Norte, que foi uma “criança” que nasceu graças ao trabalho deste que vos
escreve, do Renato Mercante e, principalmente do Orlando Mercante, nosso
professor saudoso, o verdadeiro responsável pelo sucesso da criação e pelo
desenvolvimento da emissora que encantou toda região.
Na última visita a Miracema eu andei pelo Noroeste, fui a Natividade,
orar no Santuário de Nossa Senhora de Natividade, passei por Porciúncula, onde
visite a Paróquia do Padre Tiago Linhares, e almocei em Varre-Sai, onde fui
encontrar um velho jogador do NAC, Lima, que me fez recordar bons momentos da
Copa Noroeste de Futebol e ouvir boas histórias sobre o futebol da nossa
região.
Ao olhar a placa do meu carro, que é de Campos dos Goytacazes,
o senhor do lado do restaurante me falou:
- Tenho um amigo lá na sua cidade, ele trabalha no rádio,
disse ele.
- Seria ele de Miracema e servido o Tiro de Guerra no mesmo
ano seu? Retruquei.
- Correto, não vai me dizer que você é o Adilson Dutra? Esta
barba branca me confundiu e os poucos cabelos não me deixaram te reconhecer.
E aí foi uma troca de abraços, uma prosa sobre os nossos
momentos de glórias, nos Tiros de Guerra, ele em Porciúncula e eu em Miracema,
uma grande passagem pelas transmissões da Rádio Princesinha, a primeira a fazer
jogos ao vivo direto de Natividade e Porciúncula, lembramos do título do
Natividade, creio que em 1983, da Copa Noroeste, em decisão contra o Grêmio
Ubaense, e, como o tempo era curto ficamos de nos encontrar em uma próxima
oportunidade.
E o que não foi falado, mas gostaria de dizer por aqui, que
naquele perído de brilho da nossa Rádio Princesinha o nosso futebol tinha
grandes times, em Miracema o Bandeirante, que depois se chamou Brasil, fazia um
sucesso total em toda região, de Zé Maria a Biluzinho, passando pelo excelente
meio campo, com Zé Paulo, Dequinha e Pestana, deixou marcas incríveis em todos
os torcedores e os gols de Ronzê alegravam as tardes de domingo no Ferradurão.
E os dias de hoje, como estão com relação ao futebol,
pergunto ao Lima e tenho uma resposta simples e um pouco tristonha.
- Por aqui o futebol morreu com o passar do tempo assim como
em todo o Brasil. Estamos vivendo um
triste fim do esporte em todo Estado do Rio, nem mesmo as escolas nosom
oferecem um futuro promissor, desabafa o professor.
E, infelizmente, este é o momento em toda região, Miracema,
apesar do Campeonato Municipal promovido pela LDM, não oferece um craque, um
jogador que os amantes do esporte possa dizer que seria ele o futuro
representante da cidade no esporte mais popular do Brasil, como foram Orlando
Fumaça e Célio Silva nos anos 80 e 90.
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