Viagem a Península Ibérica - Parte 3

Na saída de Santiago de Compostela ficou uma certeza, nosso astral ficou lá em cima e o lugar realmente é mágico e transforma fé e esperança em realidade. Continuamos nosso roteiro e agora o destino é Portugal, entrada será por Valença (foto ao lado) , às margens do Rio Minho, que faz a divisa entre os dois países ibéricos, uma fronteira natural e bela como o caminho até lá, passamos por Pontevedra, nas proximidades de Vigo e La Corunha e margeamos mais um caminho de Santiago. 

Valença, é uma cidade fortificada, e, como disse no outro parágrafo, faz a divisa entre Espanha e Portugal e o pouco tempo que passamos por lá, o suficiente para o repouso do nosso motorista, Domingos, e para belas fotografias na pequena e aconchegante Valença.

Prosseguimos até Braga (foto), capital da bela e verdejante região do Minho e o centro religioso mais antigo do país. A fundação de Braga remonta à época dos romanos, que lhe deram o nome de Bracara Augusta e lhe trouxeram prosperidade e riqueza. Após uma panorâmica do alto do Bom Jesus (subida no bondinho movido a água até ao Santuário do Bom Jesus de Braga), que é um espetáculo a parte, nos defrontamos com uma bela catedral e uma praça digna de ser chamada de monumental. 

E a tarde foi gostosa, com um visual incrível lá do alto da Igreja de Braga, mas nosso caminho estava na margem direita do Rio Douro, o Porto é a segunda cidade do país e capital regional do norte. Os romanos desenvolveram os povoados de Portus e Cale, de cada um dos lados do rio, nomes que viriam a unir-se, dando origem ao nome de Portucale, para indicar a região entre os rios Minho e Douro, que constituiu o núcleo inicial do futuro reino de Portugal. 

A cidade prosperou com o comércio marítimo, devido à sua localização junto à foz do Douro e, mais tarde, tirou vantagem das riquezas geradas pelas descobertas marítimas dos sécs. XV e XVI. No séc. XVII iniciou-se o comércio de vinhos com a Inglaterra e, desde então, o famoso Vinho do Porto nunca mais deixou de ganhar fama a nível mundial. 

No terceiro dia Porto ficou na saudade e saímos em direção a Coimbra (foto ao lado), a terceira maior cidade do país, situada nas margens do Rio Mondego; terra natal de seis Reis e capital de Portugal até1256, além de sede da mais antiga Universidade do país, fundada em 1290 pelo Rei D. Dinis, onde visitamos a sua famosa Biblioteca barroca, considerada uma das mais ricas do mundo. 

E a emoção maior estava com hora marcada, hora do almoço e depois... Chegada a Fátima (foto ao lado), um dos principais locais de peregrinação do mundo. Duas horas de oração, choro,  alegria por estar novamente ao lado da Mãe Santíssima. Narrar o que sentimos por lá é muito difícil, mas recomendo a ida e, com certeza, se puder volto pela terceira vez. 

No próximo capítulo a chegada a Lisboa. 


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