As "ferinhas" do Nézio


Há algum tempo venho prometendo contar por aqui as belas jornadas das “Ferinhas do Nézio”, meninas maravilhosas e seu fantástico treinador, que fizeram história no basquete do interior fluminense nas décadas de 70 e 80, conquistando todos os títulos possíveis ou em disputa.

Marquei com Rosa Rizzo um papo, mas as minhas idas e vindas não batiam com a disponibilidade dela. Tentei conversar com a Diva, irmã da craque Fátima Barros, mas também não consegui agendar um tempo para o bate papo. 

Parece até que estas meninas são ocupadas demais ou meu tempo em Miracema é muito curto. Nada disto. Quando por aqui chego, diz o Zé Luiz da Silva, o meu repórter de Categoria, me perco nos papos das esquinas e dos butecos e me esqueço de tudo aquilo que programei. Verdade, e nisto aí o José Souto, o Renato Caveari e o Ademir Tadeu têm culpa no cartório, o bom papo do trio sempre me faz perder a agenda do dia.

Já me encontrei com a Sônia, filha do professor Nézio, que também foi craque no esporte da cesta, para me contar um pouco da trajetória do primeiro time feminino que vi jogar, nas quadras do Colégio Miracemense, nos anos 60, mas bom mesmo seria conversar com sua irmã Ângela, que brilhou ao lado de Rosa, Regina (que saudade) e outras “ferinhas” do Nézio na década seguinte.

Minha mana Teresa vivenciou em quadra estes bons momentos e ao lado de craques como a terrível Maria “Angu” fez festa em diversas quadras onde os Jogos Estudantis do Norte Fluminense eram jogados e os títulos conquistados. Tetê conta com entusiasmo cada um deste momento e em alguns destes eu estive junto as vezes torcendo, as vezes apitando jogos interessantes destas meninas maravilhosas.

Fico devendo um espaço maior, porque tudo o que estou contando por aqui neste papo sobre o basquete feminino tem a ver com o falecimento de uma menina talentosa e, pode ser, uma das mais perfeitas jogadoras de basquete da cidade, Maria Lúcia Amim, a Lulu, que ontem despediu desta vida e foi para o andar de cima tentar encontrar com a Regina e por lá bater uma bolinha nas quadras do céu.

Lulu era quase perfeita e, se quisesse, poderia na época jogar em um dos grandes times brasileiros,  naquele tempo a altura não era documento necessário para entrar numa quadra de basquete, principalmente o feminino, carente de grandes jogadoras e de talentos como o de Maria Lucia, Rosa, Fátima, Ângela ou Maria Angu, meninas poderosas e talentosas por demais.

Prometo que contarei muito mais nas próximas semanas, vou combinar com as minhas jogadoras favoritas um papo animado sobre “As Ferinhas do Nézio” e voltarei ao assunto com mais detalhes, afinal são elas que podem narrar toda trajetória que marcou a força do basquete da cidade, que hoje tem talentos reconhecidos no mundo inteiro como Mikaela e Giovana entre outras que brilharam no Bola Laranja e as garotas de hoje, comandadas pelo professor Carlinhos Bessa, que estão aprontando por aí.

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