Amigos de A a Z


Estou prestes a completar sessenta anos, janeiro está chegando e com ele chego as seis décadas ao lado dos amigos e daqueles que me querem bem. São amigos de todos os jeitos, tem amigo distante, tem amigo sumido, alguns que não vejo há mais de quarenta anos, outros que estão ligados a mim apenas pela internet, mas cuja presença física me faz falta.

São amigos espalhados por todo este mundo, isto mesmo, tenho amigos em várias partes deste planeta terra e, não como Roberto Carlos, que tem um milhão de amigos. Na lista provisória de convidados, para uma possível festa de arromba, quando cheguei a casa dos mil amigos parei... Pensei... Relutei em continuar. Quem teria cacife para patrocinar uma festa deste porte, com quase dois mil convidados especiais? Olha que na pauta não estavam aqueles amigos distantes, os afastados que citei acima 

Para homenagear alguns destes, fiz uma pequena lista, com um representante de cada letra do alfabeto, que gostaria, como presente de aniversário ou de final de ano, pelo menos apertar a mão de alguns destes ou levar um dedo de prosa para matar a saudade que existe dentro deste peito cortado.

Na letra A o Arani Machado, amigo da bola, da prosa e que o Otto ainda não conseguiu encontrar para trazer notícias. O B estaria representado pelo Batista Leite, ainda em Miracema mas que não dá as caras e não aparece para uma prosa. Quem seria o representante da letra C? Poderia ser o Carlinhos do Saliba, hoje o advogado Antonio Carlos Felix, que sempre aparece na cidade, mas em época diferente daquela que estou por aí.

Vamos em frente lembrando que estou buscando apenas um nome para cada uma das letras do alfabeto e por isto muita gente amiga está fora desta lista, que tem na letra D a presença do Dodote,ou Jorge Neiva, que vejo de quando em vez, mas é preciso sentar à mesa para um papo maior. O E aqui está representado pelo Eraldo Quintanilha, jornalista respeitado pelos seus leitores e por este que vos fala. 

É fácil falar de todo mundo, difícil é colocar aqui no papel sem pensar que estou sendo injusto com um punhado de gente boa, aqueles companheiros que vejo sempre, mas estes também estão saudosos, tenho certeza, estas pessoas aqui citadas, como o Faustino Barbi, que não sei por ande anda e desde que saiu da terrinha não tenho noticias suas. Alô José Barbi, me de noticias do primo Faustino, o dono da letra F.

G, de Gilson Alexandre de Alvim Coimbra, amigo dos velhos e bons tempos do GEAO, do TG 217, do Vasquinho, da Associação e dos Festivais. Gilsão, a saudade a é grande, mas vou aí te ver. Espere.

São várias gerações de amigos formados na bola, nas letras ou nos bancos escolares. Este representante da letra H, Helton Moura, por exemplo, é um destes que vi jogar, gostei e acreditei que iria longe, mas mudou o rumo de sua vida e, felizmente, deu tudo certo neste novo caminho. 

No finados eu soube que o nome escolhido para a letra I, Ivan Soeiro, está bem e mora em Nova Friburgo, quem me passou a novidade foi seu primo Marcos, que está em Carmo e levou prá ele meu recado para um possível encontro após cinqüenta anos de ausência. 

A letra J tem representantes demais e aqui a injustiça será maior. Como escolhi citar apenas um nome por letra está difícil mandar para o papel este amigo J. Que tal um que seja jornalista e bom de papo? João Batista Freitas, que há alguns meses atrás me deu o prazer de uma conversa rápida, na porta da Kiskina, mas um chopinho no final do ano cairia bem. Né mesmo?

O K eu pularia, não tenho na minha lista um nome real, mas que tal colocar aqui o Katito? Boa. Tocamos juntos na Banda Sete e no conjunto do Bebeto, seu saxofone era bem tocado, como o meu piston, será que ele ainda tem aquele sopro bonito? 

E o Luiz Matos? Sei por ande anda, sei o que faz, mas não tenho tido a sua companhia nestas suas andanças pela cidade. E falando em Luiz Carlos Vieira de Mattos eu me lembro do Maioli,que poderia ser também o J ou o Z, pois é José e também Zé Maria. Maioli, que entra aqui neste pedaço para que possamos relembrar os bailes do Grêmio, as conversas no jardim e as serenatas pelas ruas ao som do violão do Luisão. Bela lembrança. 

Nandinho Padilha representa a letra N e todos os seus irmãos, Hércules, Lacerda, Gracinha e Nilzinha, filhos do bom Milton Padilha e amigos desde os tempos da Praça Ary Parreiras. 

Citei o homenageado desta letra O lá no princípio do texto, até parece que o vejo sempre, mas que nada, falo com ele apenas na grande rede e sempre promete encontrar comigo aí na terrinha. Otto Guilherme dos Santos Moura, amigão do peito e velho companheiro de grandes jornadas.

O Paulo César de Oliveira Leitão poucos conhecem, mas o Paulinho da Dona Tóia é conhecido pelo seu talento na bola, vide as peladas do ginásio, e pelo seu jeitão simples e amigo. Os encontros estão ficando escassos e a saudade bate quando recebo um e-mail inteligente do Tio Paul. 

Querinha Ramos está na cidade também, como o Batista Leite citado na letra B, mas o trabalho lá no Supermercado deve ser estafante e por isto não o vejo com freqüência pelas ruas ou pelos bares. 

Ronaldo Bereta, o “Piau”, é daqueles caras que tem histórias para contar por suas passagens nos bailes da vida, quando me fazia companhia no fusquinha amarelo, da Eliane, nas andanças por todo este Noroeste Fluminense. Piau é outro que tem presença garantida neste banquete de final de ano.

Como o Faustino, lá na letra F, o S, de saudade, só poderia vir com um amigo distante e de quem não tenho sequer uma linha de notícia desde o final do primário, concluído no Prudente de Moraes. Sérgio Furlani foi para Minas Gerais, não me lembro a cidade, e nunca mais o vi ou tive notícias dele. Fica a lembrança de um ótimo amigo de infância. 

Tequinha, cadê você? Eu sei que está na cidade, mas não te vejo cara. O Ubaldo Moll Júnior não dá as caras e ao lado do Valzenir Seixas forma uma dupla de amigos distantes que gostaria de ver reunida no palco do final de ano, assim como o Zé Cristóvão, que foi embora para Volta Redonda e não dá nem noticia para o velho amigo aqui.

Amigos de A a Z fiquem sabendo que escolhi aleatoriamente os nomes para esta homenagem, o que veio a cabeça e ao coração foi para o papel. Muitos estão no coração, na lembrança, mas nesta madrugada em que escrevo este texto os nomes que me vieram a cabeça foram colocados no papel. Aqueles que por aqui se ausentam fazem parte desta imensa lista de grandes amigos aqui representados por estes vinte e quatro saudosos e distantes companheiros. Abraço a todos vocês. 

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