Goleiros da terrinha - Parte II

Ainda bem que deixei um recado, no último parágrafo da conversa anterior sobre os goleiros que vi jogar ou que joguei lá na minha Miracema, caso contrário seria crucificado pelos amigos goleiros ou pelos goleiros amigos, como o grande Genésio, meu parceiro de Tupã, de peladas e do Banerj, cujo time salvou em grandes jornadas e em outras... Nem tanto assim, não é mesmo Jorginho Monteiro?

Tenho ótimas histórias e bons causos jogando ao lado ou contra o Genésio, num destes, já contei por aqui, fiz um gol antológico no Tupã, concluindo uma jogada com um soco, na lama da grande área do Estádio Municipal, e me vinguei da entrada dura, sem maldade, do goleirão, que me arrancou a unha do dedão direito. Ganhamos por 1x0 e o Esportivo só não goleou graças a bela atuação de Genésio.

E para lembrar mais uma grande parceria entre mim e o goleiro esquecido, obrigado Amauri Cabeção e Mário do Carmo Costa por terem lembrado de alguns momentos marcantes, e para encerrar o papo sobre Genésio Nunes, recordo com carinho dos títulos dos torneios e campeonatos de futebol socayte de Miracema onde, eu  e ele, jogávamos juntos no Banerj, que aliás merece uma crônica especial, aquele time era bom demais e fez histórias por aí.

Esqueci também do Fernando, o tintureiro, que foi goleiro do Operário e jogou comigo no Esportivo. Era um goleiro instável, dias ótimos e tardes esquecíveis, mas o Macete, que jogou com ele no tricolor, diz que foi um dos bons da cidade. Se o Macete falou, tá falado e ponto final.

E do Beretinha, o que falar? Bom goleiro, que andou substituindo o Genésio no gol do time do Banerj, não com tanto brilho assim, mas era um ótimo parceiro e debaixo dos paus não fazia feio. Nas peladas do Campestre andou até sendo considerado um dos melhores por lá, tem testemunhas Amauri?

Falei dos irmãos Eduardo e Lucho, e me esqueci do mais novo, o Jeovazinho, hoje em Volta Redonda, que era um baita goleiro e também teve seus bons momentos no gol do Esportivo e do Tupã, mas confesso que o esquecimento não foi proposital, apenas não me passou pela cabeça na hora em que escrevia o texto pedido pelo Dois Estados, as pressas. 

Ainda é tempo de lembrar do Júlio Barros, não o craque do meio campo, que era Júlio Fernando, mas o Júlio César, que ensaiava boas defesas nos tempos de Rink, do Ginásio e até chegou a buscar uma vaga no Vasquinho e na Associação. 

E quem mais foi esquecido? Estou fazendo a segunda parte e deve ter uns outros cinco ou seis goleiros, bons e ruins, do nosso futebol que eu passei batido por aqui e vou ser cobrado novamente. Bom isto, afinal eu preciso que alguém me cobre alguma coisa para motivar mais papos de bola e mais comentários nas mesas dos bares da cidade quando por aí chego.

Estou fazendo um tremendo exercício de memória e não encontro outros goleiros que conquistaram fama na terrinha e merecem estar por aqui, neste Papo de Bola agora quase semanal, mas ainda estou disponível para as cobranças, mas não me venham com a turma pós 1985 que eu não vou me lembrar nem a pau.

E, é bom falar, que os goleiros improvisados, aqueles que cobriam a falta de um especialista da posição, como eu no futebol de salão, como o Clóvis Utrine, no Paraíso, o Edil, no Flores, o Evandro, no time da Usina Santa Rosa, ou o frangueiros históricos como uns e outros, que se fantasiavam de goleiros nas peladas, como o Di Breu, e só faziam feio, não terão destaques por aqui, para ganhar notoriedade no  Papo de Bola tem que ser dos bons, tipo Bizuca, Rubinho e outros por aqui citados.

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