As celebridades na terrinha

Esta semana, folheando, via internet, um livro sobre o Estádio Presidente Vargas, o PV, de Fortaleza/CE, botei a imaginação para funcionar e a memória para trabalhar na busca por grandes personagens que já pisaram no gramado do Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros, lá na minha terrinha querida.


Tentei usar o chip do cérebro e guardar os nomes das celebridades no arquivo do laptop. Porém, tem sempre um porém, gostaria de contar a história de cada uma destas visitas e falar um pouco mais, por exemplo, da partida em que Garrincha marcou presença no Plínio Bastos de Barros, mas juro que tudo aqui no meu chip está apagado e não vejo nada na minha frente.


 Soube, através de José Maria de Aquino, nosso conterrâneo celebridade, que Zezé Moreira levou o time titular do Fluminense, na década de 50, para uma exibição por lá e a cidade parou para ver os craques tricolores, campeões cariocas e com fama em todo território brasileiro.


 Vi e participei, dos jogos em que Quarentinha, artilheiro do Botafogo, atuou ao lado de Brito, que chegava da Copa de 1970 consagrado e, como estava brigado com Yustrich, aceitou o convite deste escriba para visitar a terrinha ao lado de veteranos craques da Fugap, na época o órgão oficial dos jogadores profissionais.


 Mais tarde um pouco, na década de 60, o terrível Rink, de Bizuca, Alvinho, Márcio Siqueira, Braizinho, Silvinho, Emanoel, Frederico e tantos jovens craques, recebia sempre um grande time do Rio no Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros, eram juvenis, como o Flamengo de Gerson, Germano, Espanhol e Beirute, que dois anos depois se tornariam titulares do time de Flávio Costa.


Vi Nélson, tido como craque do Olaria, enfrentar o Rink e ser batido inapelavelmente pelo craque Braizinho, e Nélson foi para o Flamengo levando Murilo, lateral direito, que também esteve na terrinha, de contra peso.


Sabe quem seguiu como titular no rubro-negro? Murilo, que vestiu até a camisa amarela da seleção do Brasil. Ainda garoto fui ao gramado para entrar de mãos dadas com Ademir Menezes, um dos maiores craques do pais da geração antes de Pelé. Ademir, amigo pessoal do Jofre Geraldo Salim, vascaíno de quatro costados, foi a Miracema para se exibir para uma torcida que só o conhecia das páginas de jornais ou pelas ondas do rádio.


Foi sucesso total e absoluto. Que baita lembrança eu tenho daquele dia. Lembram do Zequinha, aquele ponta direita sensacional, que começou no Flamengo, brilhou no Botafogo e foi ídolo do Grêmio Portoalegrense? P


Pois é, Zequinha é mineiro, de Leopoldina, e jogou algumas vezes com o baita time do Ribeiro Junqueira, campeão eterno da Zona da Mata, ali no Plínio Bastos de Barros, tenho certeza de que o Lula ou o Athaíde irão lembrar direitinho do veloz e driblador ponteiro. José Maria de Aquino conta outras histórias, como meu avô, meu tio Ary e meu pai Zebinho me contavam, mas aí o tempo era outro, o estádio em outro lugar e minha memória não tem alcance nestes tempos de glória e de um futebol mais romântico.


Dizem até que era comum ver o Botafogo jogando por lá graças a interferência legal de Zezé ou Aymoré, ambos Moreira.


 Tenho certeza de que o Gelti Rodrigues, cuja memória é bem mais dotada do que a minha, pode continuar este papo e lembrar de outras celebridades que nos visitaram nestes anos de vida do Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros. Enquanto isto vou pesquisando, procurando mais nomes e pedindo ajuda aos “universitários’ para complementar este papo de bola com os amigos e conterrâneos. 


Abro espaço para os irmãos Souza, para o Alvaro Leal Júnior, o Alvinho do Banerj, para o Frederico Siqueira, para o goleiraço Rubinho Camelo e outros amigos e companheiros que sabem contar histórias e guardam todos os episódios no chip do cérebro. Mandem e-mail para adilsondutra@globo.com para me alertar e fazer minha memória funcionar. Quais as celebridades que você viu jogar em Miracema?

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