Brasil está vazio na tarde de domingo

Hoje é domingo e nós, boleiros amantes de um bom futebol - pode até ser uma pelada, né mesmo? - estamos tristes com este domingão vazio, mais parecendo um daqueles dias de dezembro, vésperas de Natal, quando a bola para de rolar e a gente fica assim como se estivesse faltando alguma coisa em nossas vidas.

Ah, tem jogo da seleção brasileira logo mais! Me diz Júnior, do armazém do Lenílson. Certo, mas contra a Bolívia, lá nas alturas, com o time desfalcado, ainda bem que tem Adriano prometendo gols. É um joguinho que não vale nada, nem mesmo para os bolivianos. 

Não tem nem uma peladinha pela segunda divisão por aqui, já que a Ferj colocou o jogo do Goytacaz, no Arisão, ontem, contra o Nova Iguaçu, justamente no horário de Flamengo e São Paulo, que passou na tevê e os bares ficaram lotados e o a Rua do Gás até que teve um bom movimento. Esta turma alvianil é mesmo fanática pelo Goytacaz, benza Deus.

Hoje pelo menos é dia de lembrar alguns lances do meu tempo de rádio, lá na "terrinha", quando fazíamos o impossível para levar até a turma do esporte alguma novidade. E foi justamente em um jogo destes, pelas Eliminatórias, no Morumbi, que a Princesinha fez sua estréia fora do nosso território. 

Brasil x Bolívia, no Morumbi, e lá estava este repórter fazendo entrevistas e procurando Telê Santana, o treinador brasileiro que não gostava muito de falar fora da coletiva. Fui ao seu encalço e no caminho encontrei o zagueiro Mozer, que dois anos antes esteve em Miracema, com a seleção de juniores do Rio, e papo vai, papo vem o pedido de ajuda para falar com Telê chegou no momento certo.

No princípio o treinador se esquivou, mas quando soube que nossa cidade era menor do que sua Itabirito, em Minas Gerais, ficou com dó do repórter, sentou-se a meu lado, no balcão do bar do Hotel Brasilton, e falou durante meia hora para a Rádio Princesinha, com exclusividade, contando coisas que jamais havia contado, segundo ele, nos microfones brasileiros. Um papo que poderia estar gravado, mas este país sem memória não cria hábito entre seus profissionais, de criar ou resguardar acervos ou museus.

Brasil e Bolívia, no ano passado, foi a minha estréia no Engenhão, este belo estádio que hoje é administrado pelo Botafogo. Foi um passeio e tanto. Véspera de minha viagem a Europa e lá estava eu, no Rio, com meu amigo Carlos Fernando Motta, a espera da hora de pegar o metrô, o trem e, na estação da Central, nos encontrarmos com o Roberto, pai do zagueiro Juan, nosso cicerone naquela noite de dez de setembro. 

O jogo? Acho que muitos não devem nem se lembrar, foi uma autêntica pelada e o torcedor se fartou de vaiar Dunga, que naquele período era odiado por todos nós, inclusive os que hoje batem palmas para ele.

Hoje não tem nem mesmo um joguinho pelos diversos campeonatos europeus, sempre presentes na Band, Esporte Interativo, Espn, Sportv e outros canais que mostram o futebol do velho continente. Hoje não tem jogos das Eliminatórias da Concacaf, não tem decisão de grupos europeus e mais nada, só Bolívia e Brasil, em La Paz, onde o tema principal dos nossos comentaristas, narradores e repórteres, que estiveram por lá, será a altitude e o temor de todos os jogadores em enfrentar este problema. Quem será o primeiro a cair? Quem será o primeiro a sentir tonturas? Garanto que não será Diego Souza ou Adriano, os dois estão com fome de bola e jogariam até em Marte para garantir um lugar na delegação que vai a Copa da África do Sul.

O jeito é pegar um disco, colocar na vitrola e cantarolar com Wilson Simonal: “Brasil está vazio na tarde domingo, né? E o sambão aqui é o país do futebol.”

Mas de futebol hoje não tem muita coisa, mas torcer pelo Brasil é sempre um bom programa, mas o pior, cá prá nós, é ter que agüentar o falatório destes caras, como já disse acima, sobre a altitude criminosa e não ver ninguém fazendo nada de prático para acabar com isto. Maradona parece que está disposto a mudar de opinião, será?

Hoje é domingo e nós, boleiros amantes de um bom futebol - pode até ser uma pelada, né mesmo? - estamos tristes com este domingão vazio, mais parecendo um daqueles dias de dezembro, vésperas de Natal, quando a bola para de rolar e a gente fica assim como se estivesse faltando alguma coisa em nossas vidas.

Ah, tem jogo da seleção brasileira logo mais! Me diz Júnior, do armazém do Lenilson. Certo, mas contra a Bolívia, lá nas alturas, com o time desfalcado, ainda bem que tem Adriano prometendo gols. É um joguinho que não vale nada, nem mesmo para os bolivianos. Não tem nem uma peladinha pela segunda divisão por aqui, já que a Ferj colocou o jogo do Goytacaz, no Arisão, ontem, contra o Nova Iguaçu, justamente no horário de Flamengo e São Paulo, que passou na tevê e os bares ficaram lotados e o a Rua do Gás até que teve um bom movimento. Esta turma alvianil é mesmo fanática pelo Goytacaz, benza Deus.

Hoje pelo menos é dia de lembrar alguns lances do meu tempo de rádio, lá na "terrinha", quando fazíamos o impossível para levar até a turma do esporte alguma novidade. E foi justamente em um jogo destes, pelas Eliminatórias, no Morumbi, que a Princesinha fez sua estréia fora do nosso território. Brasil x Bolívia, no Morumbi, e lá estava este repórter fazendo entrevistas e procurando Telê Santana, o treinador brasileiro que não gostava muito de falar fora da coletiva. Fui ao seu encalço e no caminho encontrei o zagueiro Mozer, que dois anos antes esteve em Miracema, com a seleção de juniores do Rio, e papo vai, papo vem o pedido de ajuda para falar com Telê chegou no momento certo.

No princípio o treinador se esquivou, mas quando soube que nossa cidade era menor do que sua Itabirito, em Minas Gerais, ficou com dó do repórter, sentou-se a meu lado, no balcão do bar do Hotel Brasilton, e falou durante meia hora para a Rádio Princesinha, com exclusividade, contando coisas que jamais havia contado, segundo ele, nos microfones brasileiros. Um papo que poderia estar gravado, mas este país sem memória não cria hábito entre seus profissionais, de criar ou resguardar acervos ou museus.

Brasil e Bolívia, no ano passado, foi a minha estréia no Engenhão, este belo estádio que hoje é administrado pelo Botafogo. Foi um passeio e tanto. Véspera de minha viagem a Europa e lá estava eu, no Rio, com meu amigo Carlos Fernando Motta, a espera da hora de pegar o metrô, o trem e, na estação da Central, nos encontrarmos com o Roberto, pai do zagueiro Juan, nosso cicerone naquela noite de dez de setembro. O jogo? Acho que muitos não devem nem se lembrar, foi uma autêntica pelada e o torcedor se fartou de vaiar Dunga, que naquele período era odiado por todos nós, inclusive os que hoje batem palmas para ele.

Hoje não tem nem mesmo um joguinho pelos diversos campeonatos europeus, sempre presentes na Band, Esporte Interativo, Espn, Sportv e outros canais que mostram o futebol do velho continente. Hoje não tem jogos das Eliminatórias da Concacaf, não tem decisão de grupos europeus e mais nada, só Bolívia e Brasil, em La Paz, onde o tema principal dos nossos comentaristas, narradores e repórteres, que estiveram por lá, será a altitude e o temor de todos os jogadores em enfrentar este problema. Quem será o primeiro a cair? Quem será o primeiro a sentir tonturas? Garanto que não será Diego Souza ou Adriano, os dois estão com fome de bola e jogariam até em Marte para garantir um lugar na delegação que vai a Copa da África do Sul.

O jeito é pegar um disco, colocar na vitrola e cantarolar com Wilson Simonal: “Brasil está vazio na tarde domingo, né? E o sambão aqui é o país do futebol.”

Mas de futebol hoje não tem muita coisa, mas torcer pelo Brasil é sempre um bom programa, mas o pior, cá prá nós, é ter que agüentar o falatório destes caras, como já disse acima, sobre a altitude criminosa e não ver ninguém fazendo nada de prático para acabar com isto. Maradona parece que está disposto a mudar de opinião, será?

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