Um 7x1 dos anos 60

E nesta onda de aniversário do 7x1 da Alemanha, ano passado, em Belo Horizonte, os coleguinhas das tevês fechadas fizeram um apanhado de um punhado de goleadas, pelo mesmo placar, por este mundo imenso mundo da bola. Acharam 7x1 na na Champions League, no Campeonato Português, no Campeonato Alemão e até aqui, na Copa do Brasil. 

E eu, não tenho nenhum "causo" com este imenso placar de 7x1? Fui buscar na memória, só na memória mesmo porque não tenho nada anotado ou fotografias que contem minha história na bola, por isto o leitor tem que acreditar no que digo ou perguntar a um dos meus parceiros dos anos 60/70 para saber da realidade dos fatos aqui citado. 

A goleada que achei foi contra o juvenil do Tupan, eu ainda jogava pelo Vasquinho, do meu amigo Edson Barros, que era comandado pelo Bizuca, na época acumulava dupla função, era goleiro do primeiro time e treinador do juvenil e a história que me vem a cabeça é mais ou menos assim, não esperem relato fiel afinal são quase cinquenta anos passados e não há como ser exato na narração. 

Me lembro que na pelada de quinta-feira, no campinho de grama da piscina, onde hoje está a nova sede social, a pelada foi das mais animadas e eu não conseguia fazer um golzinho sequer, o zagueirão adversário parava todo nosso ataque, que naquele dia tinha o Emerson Gouveia, hoje executivo da Leader Magazine, o Carlinhos Silveira, que na época eu chamava de Ramos Delgado devido a sua classe para jogar na zaga e hoje é um excelente médico pediatra na terrinha. 

E o zagueiro, que naquele dia não deixou a turma andar, dizia que no domingo repetiria a atuação no clássico pelo campeonato municipal de juvenis, não deixaria eu pegar na bola e mostraria quem era ele e o Bizuca teria que leva-lo para o Vasquinho. Sabem quem é hoje este zagueiro? O conceituado médico Almir Amim, meu amigo particular, que naquele tempo era apenas o Mizinho, e sabem o que aconteceu no domingo? 

Vocês já devem ter percebido, certo? Isto mesmo, o placar do jogo foi aquele mesmo de Alemanha 7 x Brasil 1, ou seja, Vasquinho 7 x Tupan 1 fora o show de bola de minha turma, que tinha um ataque arradador, jogávamos no estilo Santos FC, com cinco jogadores na frente e arrebentávamos quem vinha pela frente. 

Confesso que só me lembro do Mizinho e do João do Neto, o João Faria nos dias de hoje, e que fiz três dos sete gols e que nosso ataque tinha Thiara, Cacá, Adilson, Júlio e Pintinho, quem viu sabe que não era para bobear com esta turma, que não tinha adversário nos gramados da região, as vezes fazíamos jogo duro contra o Operário, que foi nosso vice por dois anos consecutivos e tinha um ótimo juvenil, organizado pelo incansável e hoje saudoso, Juvenal Parente. 

Foi um tempo em que as manhãs de domingo eram aproveitadas para os campeonatos da cidade e época de grandes jogadores na cidade e em todo Norte Fluminense, alguns hoje contam histórias, como eu conto aqui no blog e no jornal Dois Estados, outros escutam os causos admirados e tristes por não fazerem parte deste espetáculo que parava a cidade em dias de jogos no Estádio Municipal Plínio Bastos de Barros. 

E quem foi campeão naquele ano? Sem mais delongas eu digo que foi o nosso Vasquinho e tem até foto para comprovar nosso título. Um tempo de acumular histórias e causos para que pudéssemos contar quase cinquenta anos depois. 

Certo Dr. Almir Amim? 

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